?Pouso autorizado, pista 02, fique atento a pássaros na aproximação final?. Os pilotos que pousam em Teresina já estão acostumados a ouvir esse tipo de orientação por parte da torre de controle. O objetivo é manter os aviadores em alerta para a grande quantidade de urubus, que representam uma preocupação por conta do risco da colisão com as aeronaves.
A presença das aves é explicada pela postura de vários moradores, que ainda insistem em depositar lixo nas vias públicas próximas ao sítio aeroportuário. Às vezes, o material é jogado bem junto do muro do aeroporto, perto das cabeceiras da pista, aumentando substancialmente a presença dos pássaros.
A equipe do jornal Meio Norte verificou, na manhã de ontem, alguns pontos de depósito de lixo nas proximidades do aeroporto. No cruzamento da Avenida Santos Dumont com a Rua Sergipe, por exemplo, há bastante entulho e mato, e todo tipo de material é depositado: desde garrafas plásticas e partes de automóveis, até restos de mobília. Na área, que fica próxima à cabeceira 02, não foram encontrados animais mortos.
No outro extremo do aeroporto, na Rua Campo Maior, perto da cabeceira 20, uma quantidade significativa de entulho foi depositada bem junto ao muro. Com a presença constante dos urubus, os pilotos costumam alertar os colegas pelo rádio, para que procurem evitar choques com as aves.
Outro problema que continua atrapalhando as operações de pouso e decolagem em Teresina é o uso criminoso de lasers de longo alcance, usado para tentar ofuscar a visão dos pilotos. Ao perceberem o uso desse tipo de equipamento, os aviadores alertam o controle de tráfego aéreo e tentam passar a posição aproximada da qual saiu o feixe de luz verde.
Tal ato constitui crime federal contra a segurança de voo. Com base nessas questões, a equipe do Ronda Cidadão da zona Norte fez no sábado (17) uma palestra para os moradores da zona Norte sobre atitudes de risco em áreas próximas ao aeroporto.