Por conta da pandemia do novo coronavírus, a máscara se tornou peça fundamental no dia a dia das pessoas. Com isso, já se tem relatos de problemas de pele em todo o mundo. Um estudo realizado na China mostrou que 40% dos usuários de máscara N95 relataram problemas com acne. De acordo com o médico dermatologista da Clínica Intermed, Wilson Almino, isso também tem ocorrido na população em geral e nada mais é que um tipo de acne mecânica.
“Um artigo publicado pelo The New York Times chamou atenção ao citar um termo novo que é a junção de Mask (máscara em inglês) + Acne: “Maskne” ou “Mascne”. Essa Mascne ocorre porque a máscara cria um ambiente úmido e abafado, que favorece a mudança da microbiota local e a oclusão, levando ao surgimento ou piora de acne, assim como piora de rosácea, dermatite atópica e perioral”.
Wilson disse que a acne é uma doença multifatorial e não se pode culpar somente a máscara por essa alteração. “Não podemos esquecer também do estresse nesse período, da mudança de rotina, alimentação, sono alterado. Tudo isso contribui também para o surgimento da acne. E já que o uso das máscaras é OBRIGATÓRIO, deixo aqui algumas orientações”.
- O segredo é manter a máscara e o rosto SEMPRE limpinhos! Cada vez que você perceber umidade/oleosidade no seu rosto, troque a máscara e higienize a região;
- Preferir máscaras de algodão, pois permite que a pele “respire” um pouco. No caso de quem usa N95, usar fitinhas de silicone para evitar traumas na pele (sempre checando a manutenção da adesão da máscara na face).
- Adotar uma rotina mais básica de cuidados com a pele: um sabonete suave e um hidratante sem perfume. O hidratante mantém a barreira cutânea íntegra e protege a fricção da máscara. Opte por produtos livres de óleos nesta região.
- Diminuir a maquiagem e não usar na área coberta pela máscara. “Ajude seus poros a respirar”!
- Trocar e higienizar suas máscaras com mais frequência.