Uso do canabidiol é discutido no Centro de Reabilitação do Piauí

O Ceir está desenvolvendo uma pesquisa embrionária.

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A entrada do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) ficou pequena para discutir um assunto de grande importância. Nessa quarta-feira (7), 80 famílias atendidas pela Clínica de Microcefalia do local receberam orientações sobre o uso do canabidiol.

O medicamento, derivado da Cannabis Sativa, conhecida popularmente como maconha, é liberado para pessoas que sofrem com crises convulsivas de difícil controle. Entre elas, estão bebês com microcefalia.

Apesar disso, “ainda é preciso um estudo sobre as consequências do uso rotineiro do canabidiol, os riscos a longo prazo e os efeitos adversos para uma medicação segura”, explica a neuropediatra Juliana Pádua, que esclareceu sobre o uso da substância e tirou dúvidas dos familiares.

Para a dona de casa Fernanda Nunes, o momento foi de aproveitar cada informação passada. “Meu filho passou por umas crises convulsivas muito fortes e quase perco ele. Então, essa foi uma oportunidade que pude tirar dúvidas, que também eram de outras mães”, conta a mãe do João Gabriel, de 1 ano de idade.

O momento abriu a Roda de Conversas com a Clínica de Microcefalia, iniciativa do serviço social do Ceir, projeto que irá promover encontros e debates entre profissionais e os familiares. As próximas rodas serão nos dias 12 e 28 de junho, com temas a exemplo dos direitos da pessoa com microcefalia e dos familiares.

O Ceir está desenvolvendo uma pesquisa embrionária sobre o uso do canabidiol no tratamento de crises convulsivas refrativas, em parceria com as universidades Estadual e Federal do Piauí e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapepi).

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