A vacina contra a herpes zóster, aprovada há quase dez anos nos Estados Unidos, chegou ao Brasil desde o início do ano. No entanto, não está disponível no Sistema Único de Saúde, apenas em clínicas particulares, com preço elevado.
A herpes zóster, ou cobreiro, é adquirida através do vírus da catapora, contraído na infância. Com incidência maior em idosos, a partir dos 50 anos, característica mais marcante é a dor aguda e debilitante, que dificulta atividades cotidianas como tomar banho, vestir-se ou até secar o cabelo.
O principal tratamento em combate à herpes zóster é a vacina, que chega a custar, em média, R$ 450. Apesar disso, o infectologista Kelson Veras afirma que com a medicação a cura é rápida e eficaz.
"É um ganho muito grande à saúde, porque a herpes zóster, embora se cure espontaneamente, o tratamento específico traz cura mais rápida e evita maiores transtornos aos pacientes. Os maiores malefícios são as dores prolongadas que podem até ser debilitantes", ressalta.
O impacto do herpes zóster prejudica a qualidade de vida do indivíduo. Isso porque a doença pode deixar cicatrizes, provocar pneumonia, fraqueza muscular, paralisia motora e perda de audição. O infectologista acredita que uma vez eliminado o vírus da catapora na infância, extingue também a herpes zóster.
"É possível a eliminação da herpes zóster, com a vacinação da catapora. Agora, as pessoas de mais idade que não tiveram a oportunidade de se vacinar contra a catapora e acabaram pegando a doença, estão sob riscos de ter herpes zóster", explica Kelson Veras.
Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos, uma em cada três pessoas desenvolverá herpes zóster durante a vida, atingindo 50% dos indivíduos acima dos 85 anos de idade.
Cerca de um milhão de novos casos herpes zóster ocorrem por ano e, aproximadamente, 4% resultam em hospitalização, gerando um gasto médio de 3,2 mil a 7,2 mil dólares por episódio.