Vacina fica alojada e apodrece em perna de bebê de 4 meses

Prefeitura resolveu afastar a responsável pela aplicação da vacina.

Vacina causou vergão na perna do bebê de quatro meses | Reprodução/TV Tribuna
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A Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, e a Secretaria de Saúde do Estado estão investigando o que aconteceu com uma criança de quatro meses que ficou com um problema na perna depois de receber uma vacina. Segundo a família, a técnica de enfermagem da Unidade de Saúde da Vila Zilda teria aplicado a dose no lugar errado. A profissional está afastada e a criança, internada.

Fernando Wynston Kepka, pai da criança, afirma que a técnica de enfermagem avisou que no dia seguinte a bebê teria reação ao medicamento, o que realmente acabou acontecendo. Após problemas nas duas pernas, a direita acabou melhorando, mas a esquerda permaneceu com condições clínicas bastante alteradas, com um vergão que, a cada dia, foi ficando mais roxo.

Quatro dias depois de a vacina ter sido aplicada, os pais voltaram ao mesmo posto para saber o que estava acontecendo, mas insatisfeitos com a resposta da enfermeira, a família procurou outra unidade médica, onde um laudo médico apontou que a vacina se alojou e o líquido apodreceu dentro da perna da criança. Segundo o pai da bebê, o médico plantonista alegou que a infecção poderia se espalhar pela perna, causando mais problemas. A criança acabou sendo encaminhada para o Hospital Santo Amaro, onde permanece internada há mais de uma semana.

Os médicos tiveram que drenar o líquido que ficou alojado na perna da criança, que ainda teve que passar por uma micro-cirurgia. Rosana Aparecida da Silva, tia da bebê, quer que a técnica de enfermagem seja punida. ?"Ela não tem capacidade de estar ali naquele emprego. Ela tem que trabalhar com amor, não só por estar lá. Ela tem que tratar com gente, com criança?", reclama.

Segundo o hospital, a bebê está estável, mas sem previsão de alta. A Prefeitura de Guarujá disse que a funcionária que aplicou a vacina está afastada. O sangue do bebê foi colhido e a Prefeitura está analisando o material para saber se foi um erro de aplicação ou uma reação alérgica ao medicamento. A Vigilância Epidemiológica do Estado foi notificada, mas explicou que só entra no caso se a Prefeitura não tiver meios de identificar o problema.

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