Mais brasileiros passaram a viver em apartamentos, embora as casas ainda representem o tipo de moradia predominante no país, segundo o resultado da pesquisa de características de município do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números foram divulgados nesta sexta (23). No período mais expressivo do avanço das moradias verticais, a proporção de pessoas residentes em prédios saltou de 8,5% da população, em 2010, para 12,5%, em 2022. No ano 2000, eram 7,6% os que residiam nesse tipo de habitação.
Assim, a ampla maioria da população mora em casas: 87,2% dos brasileiros, segundo o Censo. Apesar de crescente, a vida em apartamento é um fenômeno que se concentra em poucas cidades. Só 49 dos 5.570 municípios do país possuem 25% ou mais da sua população morando em prédios. Em média, as cidades brasileiras têm apenas 2,5% da população morando nesse tipo de construção. São os municípios mais populosos, porém, que empurram para o alto os dados da verticalização.
Das 319 cidades com pelo menos 100 mil habitantes, 171 possuem 10% ou mais dos seus moradores vivendo em apartamentos. Em 14 delas, o percentual supera um terço da população. Municípios mais verticalizados, em geral, estão localizados nas mais importantes regiões metropolitanas do país, como a da capital paulista. São Caetano do Sul, por exemplo, viu sua população moradora de prédios subir de 35,3% para 50,8% entre 2010 e 2022.
A vizinha de São Paulo é uma das únicas três cidades do país que rompem a marca de metade dos munícipes morando em prédios, ao lado de Balneário Camboriú (57,2%) e Santos (63,5%). Maior cidade do país, São Paulo tem papel importante no avanço da verticalização. A parcela de pessoas morando em apartamentos na capital subiu de 23,6% para 29,4% do total, chegando a 3,3 milhões.
Valparaíso de Goiás, município goiano que cresce a reboque da sua proximidade com Brasília, registrou aumento de 24,3 pontos percentuais (o maior do Brasil) em sua população residente em apartamentos, passando de 10,8% para 35,1% no período. Entre as unidades da federação, o Distrito Federal registra a maior proporção de pessoas vivendo em condomínios verticais (28,7%). Já a maior concentração em casas está em Tocantins (97,1%), considerando também aquelas localizadas dentro de vilas e condomínios fechados.
(Com informações da FolhaPress - Clayton Castelani, Cristiano Martins e Diana Yukari)