Célia foi se dando conta de que a realidade violenta começou a ditar seu comportamento e até mesmo as visitas eram orientadas a chegarem de carro com rádio desligado, vidros arriados e faróis baixos. A gota d’água foi ter visto pela janela de casa, em julho de 2021, a execução de um policial.
"Nós passamos a pautar nossas ações pelo medo. Se você sai de casa e não sabe se volta em segurança, o seu emocional fica abalado", desabafa.
Professor de administração, Alessandro Paiva, de 48 anos, saiu do Méier para Valença, no interior do Rio, após o filho de 14 anos ser assaltado perto de casa. Coordenador do Centro Universitário de Valença (Unifaa), ele queria qualidade de vida e economia nos deslocamentos:
"Hoje, levo cinco minutos a pé de casa até o trabalho".