Violência: “não há mais lugares de risco, todo lugar é arriscado”, diz psicóloga

a preocupação deve ser constante a todos, principalmente a quem lida com valores

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A psicóloga e coordenadora do Programa de Assistência a Vítimas de Assalto e Sequestro (PAVAS), Indira Arraes, esteve no telejornal Agora desta segunda-feira, 24, em mais uma discussão sobre os vestígios que a violência deixa às vítimas de agressão.

Ela considera que não há mais lugares de riscos e que a preocupação deve ser constante a todos, principalmente a quem lida com valores. ?Hoje não se tem mais um lugar de risco, qualquer lugar é arriscado. Quem trabalha em instituição que mexe com finanças deve estar preparado, infelizmente.?

As agressões, segundo ela, podem deixar traumas que devem ser reparados com a ajuda de um profissional em Saúde. ?No momento do trauma, do evento, as pessoas perdem o controle emocional. Elas devem ser tratadas por psicólogos ou psiquiatras. Depois da ocorrência, normalmente ficam insonia, sudorese, problemas gastrointestinais, a pessoa deve procurar ajuda. No processo de recuperação, o diálogo é importante porque a gente deve tomar conhecimento do que está acontecendo. Se houver traumas na família, todos os membros devem ser submetidos a tratamentos.

Várias pessoas deixam a vida de comerciantes, outras vão embora do bairro. ?A fuga do local onde aconteceu o trauma é normal, é a busca por uma nova adaptação. Agora, se tudo já foi feito, é preciso um profissional para tratamento.?

Por fim, a psicóloga diz que em uma ocorrência, há os que ficam com maiores traumas e que requerem maior atenção. ?Quando é um assalto a banco, por exemplo, todos os funcionários são atendidos, todos ligados àquelas pessoas envolvidas. Os mais afetados são os levados como refém, que requerem uma atenção mais dedicada.

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