A Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) confirmou o primeiro caso de infecção pelo vírus Oropouche em um paciente internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em janeiro de 2021. Os exames realizados no Instituto Evandro Chagas, no Pará, confirmaram a doença. A investigação epidemiológica da FMS indicou que o paciente foi infectado em Teresina.
O vírus Oropouche é transmitido de animais para humanos e possui sintomas muito próximos da dengue e outras doenças relacionadas. No entanto, até onde se sabe, o Oropouche dificilmente causa casos graves.
A primeira vez que a doença foi descrita foi na década de 1960, em Trinidad e Tobago. No Brasil, a Amazônia já registrou algumas epidemias do vírus. Assim como a dengue e a febre amarela, o Oropouche também pode ser transmitido por um mosquito. O principal mosquito transmissor da doença é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”.
O sintoma mais comum do vírus Oropouche é a chamada febre Oropouche, além de dor de cabeça, corpo e articulações. O diagnóstico pode ser feito por exame de sangue e não há um tratamento específico, o mais comum é com medicamentos para baixar a febre. Não existe tratamento específico, só sintomático: tratar a febre, as dores musculares. Não existe, dentro do que se conhece até o momento, sequelas.
As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos, à semelhança dos cuidados contra a dengue. A Gerência de Zoonoses (GEZOON) da FMS já realizou as ações de vigilância entomológica, por meio da captura vetorial (mosquitos) no entorno da residência do paciente, para classificação, identificação e detecção viral nos mesmos.