A jovem que foi alvo de comentários racistas ao postar uma foto com o namorado no Facebook voltou a ser vítima de preconceito na internet. Uma página ironizando o casal foi criada na rede social e o perfil dela voltou a ser alvo de postagens preconceituosas.
O delegado Eduardo Freitas da Silva identificou cerca de 100 perfis que se aproveitam do anonimato para atacar o casal. Ele aponta que o grupo se organiza para postar ofensas contra várias pessoas. O Facebook guarda o registro do usuário que posta qualquer informação, portanto, é possível chegar ao autor do perfil falso.
— Ela não é o único caso. Essas pessoas elegem casais que têm tom de pele diferentes e promovem essa ação delituosa.
A mineira, de Muriaé, na Zona da Mata, acionou a Polícia Civil ao encontrar os comentários na imagem em que aparece abraçada com o companheiro. A jovem, negra, namora há quase dois anos o rapaz, que é branco, e se deparou com frases como “onde comprou essa escrava?” e “me vende ela”.
Nos novos comentários, um dos internautas diz “deixaram a senzala aberta de novo”. Outro escreveu “que neguinha feia, volta pra senzala”. O policial afirma que a maioria já foi rastreada e foi publicada de São Paulo. A PC do Estado deve ser acionada para ajudar na investigação.
— A situação é complexa, demanda tempo. No fim de semana ficamos por conta disso. Em breve, devo ir até São Paulo fazer diligências no local.
Até agora, nenhum suspeito foi detido. Pelo crime de injúria racial, os autores podem pegar pena de até três anos, além do pagamento de multa.
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