Dados apontam que cerca de 15% das mulheres sofrem de depressão pós-parto. A britânica Kate Willcocks, 36 anos, fez parte das estatísticas. Apenas algumas semanas antes de dar à luz o segundo filho, ela não resistiu ao grave quadro de depressão e se matou.
Em 2014, cinco meses após o nascimento da primeira filha, Kate começou a apresentar sintomas de depressão pós-parto . Depois que a doença foi identificada, a britânica passou por sessões semanais de terapia, até que os médicos avaliaram uma melhora no quadro.
No entanto, ela ficou grávida pela segunda vez e a depressão piorou, levando Kate a um estado preocupante. Ela voltou a procurar ajuda e frequentava sessões de terapia ocupacional quando se matou enforcada. Em entrevista ao site "Daily Mail", Stuart Willcocks, marido de Kate, afirmou que ela não apresentava sinais de que daria um fim à própria vida.
Apesar do marido afirmar isso, o tribunal que investigou o caso concluiu que ela havia tentado tirar a vida duas vezes anteriormente. Ela tomou comprimidos de sua medicação em excesso e tentou uma overdose. "Eu falei com ela sobre isso e tentamos procurar ajuda. Não tenho certeza se ela pretendia tirar a própria vida, acho que foi um grito de socorro", disse o marido.
Detalhes do caso
Kate foi encontrada morta dentro do armário do quarto e, antes de cometer o suícidio, a mulher havia deixado alguns bilhetes ao marido. "Stuart, não entre, sinto muito" e "Sinto muito por tudo, você é incrível, eu gostaria de poder voltar no tempo" foram as mensagens escritas pela britânica.
Anupama Yadava , psiquiatra do hospital onde Kate foi atendida, afirmou que a mãe estava pelo nascimento do segundo filho. "Quando eu a vi, estava ansiosa para a chegada do bebê e para as coisas que tinha que fazer", disse ao jornal britânico. "Ela parecia positiva", completou. A médica ainda explicou que o terceiro trimestre de gravidez é o mais arriscado para mulheres que apresentam depressão pós-parto.