Foi informado nesta quinta-feria pela Volvo que serão fechadas as operações em seu braço de fabricação de máquinas e caminhões no Brasil, Polonia e nos Estados Unidos.
Com isso serão mais de mil postos de trabalho a menos para empresa.
O presidente-executivo do grupo, Olof Persson, explicou que o segmento de fabricação de equipamentos da Volvo tem sofrido com a deterioração nas margens em mercados fora da América do Norte. No ano passado, a Volvo já havia anunciado o corte de 4,4 mil vagas, para reduzir seus custos.
A volvo anunciou o seu balanço financeiro mostrando que em 2014, o mercado brasileiro — o mais importante da América do Sul — de caminhões pesados caiu 11% em relação ao ano anterior. “A demanda por caminhões foi afetada, principalmente, pelo baixo crescimento da economia e, consequentemente, nas nossas operações”, disse.
Como resultado desse cenário, segundo a empresa, a política do governo para incentivar a compra de veículos comerciais mudou, com o aumento nos juros, por exemplo. “Isto significa que o mercado terá um início fraco em 2015”, concluiu a Volvo. Neste ano, a previsão do grupo é que o mercado de caminhões pesados no Brasil some 75 mil vendas ante a previsão anterior de 85 mil.
A restruturação dos negócios de máquinas e equipamentos do grupo sueco Volvo prevê a desativação de duas linhas na fábrica da empresa em Pederneiras, no interior paulista. A unidade, contudo, continuará operando com a produção de outros bens de capital: escavadeiras, carregadeiras, caminhões articulados, compactadores de solo e escavadeiras.
As linhas de retroescavadeiras e de motoniveladoras da fábrica paulista serão desligadas durante este ano de forma gradual, segundo informa a filial brasileira da multinacional.
O fim dessas duas operações, que também atinge fábricas nos Estados Unidos e na Polônia, faz parte de uma estratégia global do grupo que vai transferir a produção de retroescavadeiras e motoniveladoras para a SDLG, uma empresa chinesa da Volvo Construction Equipment, braço do grupo na indústria de máquinas e equipamentos de construção.
O objetivo é reduzir custos e melhorar a rentabilidade da operação. Os dois produtos não vinham gerando a rentabilidade esperada pela companhia.