O governador Wellington Dias foi eleito, neste sábado (12), imortal da Academia Piauiense de Letras (APL). O chefe do Executivo estadual recebeu 22 votos e irá ocupar a Cadeira de número 12 na instituição.
Notável por suas obras e contribuições já publicadas e apaixonado pela escrita, Dias ocupará a vaga que pertencia ao acadêmico Wilson Carvalho Gonçalves, que deixa um legado importante às Letras e à Historiografia do estado.
De acordo com o presidente da Comissão Eleitoral da APL, Reginaldo Miranda, o governador tem 90 dias para tomar posse, conforme o regimento da Academia. “Votaram 34 acadêmicos, Wellington Dias obteve 22 votos e Antenor de Castro Rego 12 votos. Então, o governador foi eleito para ocupar essa Cadeira e o presidente já fez sua comunicação oficial na forma regimental. Agora o, Wellington Dias tem 90 dias para tomar posse, conforme o regimento da APL”, afirmou.
O governador agradeceu e ressaltou a responsabilidade por ocupar essa vaga. “Estou muito feliz, agradeço a cada um dos que compõem essa honrada casa e de todos que participaram desse processo, com certeza merecedores. Sei do tamanho da minha responsabilidade e me comprometo a trabalhar ainda mais pela nossa cultura e pelo engrandecimento dessa insigne casa”, declarou Dias.
O presidente da APL, Zózimo Tavares, destacou que o gestor estadual do Piauí apoiou e incentivou a área cultural, sobretudo a literatura. “Dou as boas-vindas ao escritor Wellington Dias, que entra, a partir de agora, na Cadeira número 12 da Academia Piauiense de Letras. Ele entra como escritor, que está emprestado para a política, mas sobretudo pelo conjunto da obra, porque foi o governo, nas últimas décadas, que mais deu apoio e incentivo à área cultural, em especial a literária. Então, é por tudo isso que acredito que a Academia Piauiense de Letras lhe concede o título perpétuo de membro efetivo”, disse.
Wellington Dias é contista e autor do livro Macambira, premiado em 1980 e publicado em 1995, que foi reeditado em 2021 pela editora Quimera, bem como dos livros “Tiradas do Tio Sinhô” (2007) e “A Melancia do Presidente” (2018).
Além disso, teve vários outros contos premiados, como o “Maria Valei-me” (1984) - que recebeu menção honrosa pelo Concurso de Contos João Pinheiro, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Escreveu as peças “Reisados da Minha Terra” e “Estamos Todos Inocentes”. Foi incluído nas coletâneas “O Conto na Literatura Piauiense” (1981) e “Novos Contos Piauienses” (1984). Lançou o livro “As Tiradas de Tio Sinhô”, em junho de 2007.