Zonas Sul e Leste de Teresina são mais perigosas no período chuvoso

Corpo de Bombeiros e Defesa Civil alertam para riscos de alagamentos em diversos pontos da cidade, considerados críticos e que merecem atenção no período chuvoso.

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A chuva que ocorreu na tarde da quarta-feira (5) causou danos para a capital. Várias ruas das zonas Sul, Leste, Norte e Centro ficaram alagadas e em alguns pontos a força da água arrastou carros e objetos que estavam pelo caminho. Além disso, houve também apagão elétrico e pedestres e condutores de veículos procuraram abrigo para aguardar a tempestade passar.  A chuva, que durou quase três horas, atingiu o que era esperado pela metade do mês de fevereiro.

Durante a tarde, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí realizou um atendimento para remoção de duas pessoas presas dentro de um carro de pequeno porte na Rua Tomaz Tajra, São Cristóvão, zona Leste de Teresina. O condutor e o passageiro foram pegos de surpresa pelo grande volume de água. No momento, o  veículo deixou de funcionar e o Corpo de Bombeiros foi até o local utilizando o caminhão.

Crédito: Efrém Ribeiro

O coronel José Veloso, diretor de Engenharia dos Bombeiros, informa que Teresina possui mais áreas que podem formar eventuais alagamentos. “Temos pontos que não são considerados críticos, mas o lixo ou qualquer material pode entupir uma galeria. É preciso que as pessoas estejam sempre atentas”, conta.

Quanto aos locais mais perigosos no momento de uma forte chuva, o coronel destaca a Avenida Henry Wall de Carvalho, Distrito Industrial, zona Sul, que apresenta correnteza forte; na zona Leste, diversos pontos na Avenida Nossa Senhora de Fátima, João XXIII e Kennedy são localidades que a população precisa evitar durante uma chuva forte, e também a zona Norte, a Avenida Centenário se transforma em um grande rio.

“Recomendamos que as pessoas evitem deslocamento para esses locais. Uma chuva pode começar fina, ter um aumento e você pode ficar preso em congestionamento nas proximidades”, ressalta.

O pavor dos condutores de veículos também pode agravar uma situação de alagamento, já que ela requer um tratamento diferenciado. “Algumas pessoas entram em pânico quando se encontram nessas situações e terminam comprometendo o trânsito”, contou.

Saiba como agir em situações de perigo

Para as situações envolvendo carros, o coronel José Veloso explica que as pessoas devem considerar as seguintes recomendações:

“Se a água chegar até o aro do pneu, a calha, você pode fazer uma travessia. Mas quando atingir a altura da maçaneta do carro, é um risco. A partir do momento que ultrapassa a calha, você precisa descer o vidro, retirar o cinto de segurança e desligar o veículo, já que os polos da bateria entram em curto e o vidro fica travado”, explica o coronel.

Se houver a necessidade de sair do carro após ter desligado o motor, o condutor precisa puxar o freio de mão e se atentar à possibilidade de subir no teto do veículo. O telefone do Corpo de Bombeiros é 193 e informar um ponto de referência preciso facilita e pode tornar o atendimento mais rápido.

Secretário Geraldo Magela | Crédito: José Alves Filho

Geraldo Magela, secretário estadual de Proteção e Defesa Civil, que atua na prevenção, mitigação e posteriormente com atendimento e restauração de problemas, registra que a chuva foi atípica e apresentou características das grandes cidades.

“Vai aumentando a área impermeável, ou seja, através de telhados, calçadas e pavimentação de ruas. Como não infiltra pelo solo, ela tende a escorrer, e isso aumenta gradativamente. É fundamental a construção de galerias, diques, sistemas de drenagem para o município, coisas que não têm sido feitas ao longo dos anos. O problema está cada vez maior”, contou Geraldo.

A orientação do secretário para esse período chuvoso é que a população não saia de casa no momento das chuvas.

“Evite passar, mesmo que esteja de carro,  em ruas que estejam alagadas, e procurar saber se o seu carro está estacionado em uma rua que historicamente tem situações de correnteza forte”, relata. 

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