Amarante: polo político-cultural do Piauí
Deusval Lacerda de Moraes
Pós-Graduado em Direito
Amarante é uma cidade bela e encantadora. É a capital do Médio Parnaíba. Emancipada em 1871, ao longo dos seus 142 anos de autonomia político-administrativa foi se transformando em grande esteio da formação política, artística e cultural do Piauí. Localizada à margem do Rio Parnaíba foi se constituindo em rico casario e escadarias que ensejaram um traçado urbano histórico permeado de arquitetura do estilo colonial. Berço de intelectuais inspira os seus filhos amarem as letras, a poesia, como o ?príncipe dos poetas piauienses? Da Costa e Silva, a maior força da poesia telúrica do Estado, autor do Hino do Piauí, e o historiador e educador Odilon Nunes. Por isso, sedia a Academia de Letras do Médio Parnaíba.
No passado entreposto comercial, a navegação fluvial no Rio Parnaíba possibilitou o acesso ao comércio exterior, ligando núcleos urbanos ? Teresina, Amarante e Parnaíba ? diretamente com a Europa, o que originou uma elite de negociantes que edificaram residências, prédios comerciais e públicos com arquitetura requintada.
Amarante também é nobre em manifestações culturais. Destaca-se a festa do Divino, que se trata de manifestação religiosa de tradição portuguesa, que celebra o Dia do Pentecostes. Tradição em que um grupo de homens percorre os povoados do município fazendo os seus pedidos. Atualmente tem vasta programação, como procissões, concertos, exposições e serenatas. Outra entidade cultural é o Pagode de Amarante, que é uma dança remanescente da cultura africana que é cultivada desde a escravidão no Brasil. Ritual praticado pela Comunidade Negra Mimbó, localizada na zona rural de Amarante, representante da consciência negra afro-brasileira e que produz o Espetáculo Quilombo Mimbó.
Destaca-se também a famosa Dança do Cavalo Piancó de Amarante, manifestação cultural que nasceu às margens do Rio Canindé, onde os agricultores costumavam plantar para aproveitar a terra fértil. Os passos repetem o trote desajeitado de um cavalo manco. E que hoje é expressão artístico-cultural nacional.
E como município de respeitável importância política no Piauí, atualmente está bem servido com os seus legítimos representantes na administração com o Luís Neto (PSD) e Clemilton Queiroz (PT), respectivamente, prefeito e vice-prefeito municipais. Homens de luta e de trajetórias políticas em favor das causas do povo amarantino, vêm conduzindo a municipalidade melhorando a sua infraestrutura e estabelecendo metas administrativas com ganhos substanciais para o bem-estar da população local. Basta ver o novo bairro que está sendo construído, que é um grande exemplo de reordenamento
urbano da cidade e de como se deve trabalhar buscando unicamente a melhoria das condições habitacionais e da vida saudável do seu povo.
E para fazer jus ao relevo político de Amarante no cenário piauiense, nada mais revelador do que o fato político ocorrido no dia 4 de agosto último, na festa de aniversário dos 142 anos da sua emancipação política, onde foi selada a aliança de libertação do Piauí do jugo dos atuais mandonistas entre o senador Wellington Dias (PT) e o senador João Vicente Claudino (PTB), na residência do prefeito Luís Neto, sacramentada pelo vice-prefeito Clemilton Queiroz, ladeada de vários prefeitos e lideranças políticas da microrregião, que indubitavelmente sairá vitoriosa nas eleições estaduais de 2014. Fato que, por si só, credencia os atuais gestores de Amarante no próximo quadriênio administrativo estadual obter total respaldo do futuro governo do Estado pela importância na união concebida em defesa das forças progressistas do Piauí. Parabéns, Amarante, pelo seu aniversário!
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