Ontem, 04 de março, no Iate Clube de Amarante, a partir das 16h20min, o IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, coordenou a audiência pública dos estudos ambientais da usina hidrelétrica do Estreito. O evento, segundo os organizadores, reuniu 2500 pessoas que atentamente acompanharam a audiência até às 22h00min.
A CHESF, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, junto com a EnergIMP, a CNEC Engenharia e a Queiroz Galvão levou ao conhecimento do público presente o resultado do Estudo de Impacto Ambientai (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), referentes ao empreendimento que deverá ir à leilão ainda este ano sob a responsabilidade da ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, ocasião em que será possível saber qual empresa será responsável pela construção da obra.
A CHESF também concorrerá na disputa do leilão para a contrução da usina que será de 56MW e, segundo Severino Moraes, Gerente do Departamento de Meio Ambiente da CHESF, essa usina significará desenvolvimento para os municípios circunvizinhos pelo surgimento de novos investimentos, além de ações de compensação que deverão resultar num avanço da economia do município.
Nós que somos proponentes do projeto acreditamos na realização desta obra. Estamos fazendo estudos adicionais para que sejamos competitivos e ganharmos o leilão das usinas, afirma Robson Botelho, Gerente da CHESF.
Robson informa ainda aos internautas de nossa coluna que com a concessão da licença pelo IBAMA, existe um prazo de 03 ou 04 meses para a elaboração do projeto básico para cumprir as condicionantes para a emissão da LI (Licença de Instalação) para que a obra tenha início e numa estimativa de 03 anos esteja sendo concluída.
As empresas proponentes do projeto CHESF, CNEC, EnergIMP e Queiroz Galvão estão realizando estudos adicionais e montando uma engenharia financeira para serem competitivas no leilão e construir as cinco usinas: Castelhano (65,4 MW), Estreito (56 MW), Cachoeira (63 MW), Uruçuí (134 MW) e Ribeiro Gonçalves (113 MW).
Com a construção da barragem do Estreito a área de alagamento será o equivalente a 60,04 Km² distribuídos da seguinte forma: Amarante (17,22 Km²), Floriano (0,74 Km²), Barão de Grajaú (17,43 Km²) e São Francisco do Maranhão (24,65 Km²).
Num ambiente interativo, a população presente participou intensamente com opiniões, discordâncias, questionamentos referentes às indenizações, direitos e deveres e, ao final, ficou a certeza de que foi a maior audiência pública que a população amarantina já participou.
O evento contou com a presença de Moara Giasson (Analista Ambiental do IBAMA), Paula Guedes (Coordenadora de Estudos da CNEC Engenharia), Kalil Farram (Gerente de Estudos Ambientais da CNEC), Robson Botelho (Gerente da CHESF), Whygson Lima (Secretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e demais autoridades das empresas proponentes do projeto de construção das barragens.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.