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Na madrugada, nas primeiras horas da manhã, um forte estrondo eclodiu na ?Terra do Poeta?, apavorando toda a sua pacata população. Não se tratava de nenhuma festa realizada nos clubes. Eram perigosos marginais que destruíam duas agências bancárias, precisamente às 02:40h, quando praticamente quase todos dormiam. Antes, os bandidos realizaram tiro ao alvo na delegacia local, metralharam a única viatura e puseram em fuga o único soldado que se encontrava de plantão. Enquanto esses facínoras humilhavam a gloriosa Polícia Militar do Piauí, seus comparsas aterrorizam os populares com o pipocar de tiros disparados a esmo.
Dizem que os audaciosos chegaram a arrebentar a porta de entrada da delegacia local e comenta-se que, um deles, chegou a gritar: ?polícia pra que polícia?? O soldado, coitado, indefeso, teve escafeder-se mata adentro. No estalar dos pipocos de bala, mulheres e homens religiosos rezando de joelhos pedindo proteção divina, principalmente por saber que os seus filhos queridos estavam fora de casa. A operação de banditismo desde a humilhação da polícia ao estrago das agências, não passou de 40 minutos. E, segundo consta, uma pessoa que passava próximo ao Banco do Brasil foi ferida de raspão por um projétil disparado dos assaltantes. Os bandidos apesar dessa ousada operação, saíram de mãos abanando. A agência do BRADESCO, geralmente, não disponibiliza dinheiro em caixa nos dias de domingo e a agência do Banco do Brasil desde sexta-feira não tinha dinheiro disponível nos caixas eletrônicos.
O prefeito Luiz Neto, da cidade de Amarante, vinha sempre avisando do perigo iminente que estava a acontecer no seu município, devido ao número insuficiente de policiais. Em vez de aumentar, a corporação diminuiu em aproximadamente 50%.
A insegurança, o temor, hoje em Amarante é a tônica. Sabemos que em todo Estado, conforme as notícias que nos chegam, os municípios estão desprotegidos. A segurança das cidades passa pelos momentos mais críticos dos últimos dez anos. Luiz Neto solicitou em diversa oportunidades que aumentasse o número de policiais. Não foi atendido em seu preito, talvez por questões partidárias.
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