Foi encontrado, nas proximidades do rio Mulato, em Amarante, um pedaço de madeira que sofreu um processo de fossilização que hoje (dias atuais), assume o aspecto de uma pedra de aproximadamente 20 Kg. O fato despertou a atenção de especialistas da UFRGS e da UFPI, que, após análise, concluíram que o fóssil tem aproximadamente 280 milhões de anos, período relativo à Era paleozóica do éon Fanerozóico (compreendido entre 299 milhões a 251 milhões de anos).
O objeto encontrado serve de indício de que, em algum lugar próximo daqui, existem mais desses fósseis que podem ser estudados. Iremos ficar atentos em busca de materiais para um possível retorno a Amarante, afirma Dr. Roberto Iannuzzy, paleontólogo e professor da UFRGS.
A exemplo de Teresina que tem florestas petrificadas, diz o paleontólogo, o nosso projeto é catalogar essas localidades onde se encontra esse tipo de material. O objetivo é ter ideia da extensão dessas antigas florestas de árvores já extintas. Ao final, esses estudos permitem contar parte da história da vida na terra e da própria terra, conclui.
O referido mapeamento, feito em áreas de estudo distintas, pode comprovar a variedade de madeira existente num mesmo período, além das condições climáticas da Era. Para um retorno a Amarante faz-se necessária a localização de outros objetos que se assemelhem ao fóssil encontrado.
O casal, Manoel Duarte e Arlenilsa Santos, residente no Conjunto Sinhá Ayres, encontrou o fóssil nos arredores da própria residência e, de forma inesperada, recebeu a visita dos paleontólogos e assegurou que objeto foi trazido por um caminhão de transporte de pedras e que não pode precisar de onde ele veio. ?Vou tentar descobrir de onde ela (a pedra) pode ter vindo e assim colaborar como puder para esse estudo?, afirma Manoel Duarte.
Os pesquisadores solicitam que qualquer objeto encontrado que se assemelhe ao referido fóssil, que o localizador entre em contato com a UFPI.
FÓSSIL ANALISADO PELOS PESQUISADORES
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