Os meninos do Judô, de Amarante, voltaram para casa! Depois de uma medalha de ouro e quatro de bronze, no Internacional de Judô, em Fortaleza, a satisfação está no semblante de todos, que já se preparam para a integração, em Teresina, no próximo dia 24, sábado; dia 08 de dezembro, o campeonato nacional do SESC, no troféu Sarah Menezes. Mais confiantes, os judocas têm projetos mais ousados: trazerem novas medalhas no Campeonato Brasileiro, no Macapá (AP), em abril de 2013. Segundo o treinador técnico, professor Silveira, a vaga já está garantida.
Quase 1000 atletas inscritos de todos os estados do Brasil e também de Cuba, Itália, Estônia participaram do Campeonato nos dias 16 e 17, na Universidade de Fortaleza (CE) (UNIFOR). Ontem, pela manhã, aconteceu um festival com 260 crianças em confraternização na festa do judô, no Ceará. Dentre as celebridades da modalidade o evento contou com a participação do cubano Ronaldo Veitia, que detém um dos maiores números de medalhas adquiridas em campeonatos mundiais e olímpicos. Outra referência presente foi Gávio Petro, técnico da seleção Italiana de Judô.
Professor Silveira durante o retorno de Fortaleza para o Piauí manifestou o seu contentamento com as conquistas. ?O nosso sonho era chegar a uma competição internacional. Deu certo! Hoje é realidade. Dos sete atletas que trouxemos, cinco medalharam. Isso é um grande feito! Esse resultado, devemos a Deus, às mães e à força de vontade dos nossos profissionais. Ficamos todos surpresos com os números, pois a nossa carência financeira e de material é muito grande, além das situações adversas. No momento precisamos manter o que temos,mas é necessário estrutura física, o que nos deixa muito atrás de outros profissionais no Brasil. Se tivéssemos mais apoio, o resultado seria bem melhor?
Abdias Queiroz, técnico da Seleção Brasileira de Judô Júnior, afirma que entre o Governo do Piauí e o Judô sempre houve um bom relacionamento, mas que ambos não fizeram ainda o seu ?dever de casa?. Segundo ele, faz-se necessário que novos investimentos sejam feitos na base, com aplicação de recursos em novos atletas, ?mas que o Judô também cumpra a sua parte?. ?A Fundação do Esporte do Piauí (FUNDESPI)?, afirma Queiroz, ?vem olhando com outros olhos para o Judô do nosso estado, isso é bom, são muitos os esforços, mas é preciso que a pessoa do governador e do prefeito de cada município dê condições aos seus secretários para que fomentem essa base, pois, a eles, falta autonomia e mais verbas para investimentos no esporte..
?Estivemos de olho nessa juventude de Amarante, Parque Piauí, Promorar entre outros, durante todo o campeonato. Com tanta adrenalina, apesar do contato com um outro estado, esses recém-chegados ao Judô, apesar do choque, não devem ter essa situação como empecilho. Trata-se de uma análise para escolha dos atletas que irão atuar no próximo Campeonato Brasileiro, em 2013. Para eles, é uma nova experiência?, completa.
Em entrevista concedida ao portal Meio Norte, Átila Cardoso, presidente da Federação Cearense de Judô fala da felicidade em resgatar o Internacional de Judô, no estado. ?Depois de seis anos adormecida, tínhamos um sonho de retornar com a Copa Internacional de Judô, aqui, em Fortaleza. Não tenho como ocultar o meu contentamento com a grandeza da copa. Nós temos uma carência de bons eventos em todo o Nordeste. No entanto, faz-se necessário que haja esses intercâmbios entre as federações.?
Pouco antes do encerramento do Campeonato, o presidente da Federação Piauiense de Judô, Denis Queiroz, falou da participação do Piauí no evento. ?O mais importante é que não viemos aqui para brincar e sim para competir, isso fez a diferença para o Piauí?; um exemplo disso é o que Sarah Menezes mostrou para todos nós com o título de campeã olímpica adquirido. Ela é uma resposta de um trabalho que deu certo. O piauiense pode conseguir, desde que tente!?
Em conversa com o portal Meio Norte, em Amarante, Sarah Menezes, que também participou de toda a programação, parabeniza a organização do Internacional de Judô e dá uma dica aos atletas: o reconhecimento é importante, mas, mais importante para o atleta é reconhecer a si próprio como alguém capaz. ?Tornar-me campeã olímpica deixou-me feliz, e a forma como o nosso estado e os empresários do Piauí passaram a ver o Judô, é algo que pode mudar a vida desses novos atletas?, conclui.
FOTOS DO CAMPEONATO INTERNACIONAL DE JUDÔ, EM FORTALEZA
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