De mala e cuia é uma expressão que, em Amarante, significa aquele que veio para ficar. Ou, também, aquele que voltou de vez, trazendo todos os pertences e fixando residência e passando, portanto, a participar da sociedade, convivendo com os costumes do povo. Melquíades Barroso Filho, o nosso querido ?Quidim?, para a euforia dos parentes e amigos, voltou para a sua amada Terra Natal. Não que ele tenha abandonado o seu torrão. Nunca fez isso! Sempre visitava Amarante, mesmo como um beija-flor ele chegava. O tempo era curto e grandes eram as ocupações. Quidim cumpriu o que prometera: aposentou-se das suas atividades em Teresina e voltou sorrindo para a ?Terra Azul do Poeta?. Ele está residindo no bairro ?Vila Nova? e caminha tranquilamente pelas ruas, abraçando os amigos, parando um pouco para um conversa e indagando (com aquela maneira que lhe é peculiar) sobre os conhecidos que estão distantes.
Melquíades Barroso Filho é um emérito professor. Um músico de invejável talento e um amante da cultura brasileira. Um religioso, católico convicto, que participa ativamente das ações religiosas desenvolvidas pela sua paróquia. O seu jeito, a sua educação fina, o seu ar de bonachão, nos traz uma imagem de um padre, de alguém que sempre está aberto para o amor ao próximo, para emitir um conselho, para receber também. Ele é um dos responsáveis pela volta das antigas serenatas ? feitas ao luar com voz e violão, pelas ruas da cidade. Um dos ativistas da manifestação do ?Divino Espírito Santo? que, hoje, é uma referência no turismo amarantino.
Melquíades Barroso, ?Quidim?, que bom que você tenha voltado de MALA E CUIA.
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