A onda de terror criada com uma notícia sobre a possível ?cassação? do prefeito e do vice, carece de um maior esclarecimento. Por isso, procuramos entrar em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Amarante e nos foi informado que trata-se apenas de um pedido do Procurador Eleitoral e que o mesmo será entregue ao relator Agrimar Rodrigues de Araújo que deverá preparar o seu relatório e o voto a ser dado.
Por outro lado, conforme as informações colhidas, tanto o prefeito Luiz Neto, como o seu vice Clemilton Queiroz, estão tranquilos e confiantes na justiça. Para a assessoria municipal de comunicação, esses boatos tem uma finalidade: tentar desestabilizar a administração amarantina. ?Soltar foguetes, falar nas esquinas, distribuir folhetos é uma forma que o grupo derrotado encontrou para aterrorizar os que se encontram no poder?, foi a resposta.
Na verdade, esse processo, para muitos, está eivado de controvérsias. Primeiro que as testemunhas apresentaram depoimentos diferentes, mesmo estando (ou se dizendo) juntas. Uma disse que recebeu R$ 100,00 dentro de um envelope e que este envelope não tinha nenhum ?santinho? de candidato. Outra disse o contrário, disse que tinha um santinho dentro. As duas, no entanto, afirmam que os envelopes eram iguais. No depoimento falaram em cores diferentes. São muitas as controvérsias. O que a coligação ?A Força que Vem do Povo? alega é uma armação orquestrada pela coligação ?Unidos Pela Mudança?, levando em consideração que o genitor de uma testemunha da ?possível compra de voto? tinha uma espécie de comitê eleitoral em favor do candidato a prefeito derrotado, Agenor de Almeida Lira.
Sem substância que consagrasse as acusações, elas foram julgadas improcedentes e isso é a tônica da confiança dos atuais gestores. ?Não é possível que insinuações apenas sejam a base de sustentação de uma mudança de um pleito eleitoral democrático. Para que exista realmente uma cassação de um político que chegou ao poder levado pela vontade popular é preciso que as acusações não deixem dúvidas, o que não é o caso de Amarante. Lendo, pausadamente todo o processo, vi que tratam-se de acusações sem nenhuma substância?, concluiu o especialista em direito eleitoral, Reginaldo Israel Ferreira.
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