TEXTO: VIRGÍLIO QUEIROZ
Depois de publicar algumas matérias sobre o julgamento do TRE do dia 18/03, expondo as minha visão sobre o fato e transpondo para os amigos leitores as dúvidas deixadas nas formações de convicções dos nobres juízes, vi-me alvejado por algumas pessoas que não desejam ver e ouvir opiniões contrárias, mesmo bem fundamentadas. Quando me referi ao ano de 2010, tão decantado durante a audiência, dizendo que neste ano quem era o vice-prefeito era o médico Agenor Lira, e que havia interesse dele, pois foi o ano da campanha e eleição para governador (casado com uma sobrinha do médico amarantino), não faltei com a verdade. Muitas pessoas que adquiriram terreno no ?Novo Amarante? são, hoje, desafetas do prefeito municipal, Luiz Neto, justamente porque o principal articulador para a posse desses terrenos, em 2010, era Agenor de Almeida Lira. A política devia ser a arte do homem, a construção sadia de uma sociedade, o desapego ao insignificante e o abraço forte ao mais importante para o bem coletivo. A minha perplexidade se faz sentir com a força que vem justamente do poder que alguns questionam. O poder do conservadorismo, das elites econômicas e familiares que, mais que a força da impunidade, diminui o valor do ser humano. Questiono justamente o TRE por acreditar que a justiça devia ser igual para todos. Infelizmente não é. Amarante foi palco da maior troca de votos por favores políticos no Piauí e o beneficiário foi justamente o nobre e desenvolto médico Agenor de Almeida Lira. As acusações inseridas em provas robustas, consolidadas, foram amassadas, trituradas, esfareladas pelo o peso de um trator. Às vésperas da eleição de 2012, algumas pessoas receberam ?empregos? numa coaptação para a formação da Coligação Unidos Para a Mudança onde Agenor Lira era o candidato a Prefeito Municipal de Amarante. Algumas dessas nomeações saíram no Diário Oficial do Estado. Por que calar? Por que ter medo? Recebi algumas flechadas assegurando que o que estou escrevendo é merecedor de uma punição, como se ainda estivéssemos no período ditatorial e não no exercício de uma democracia plena de direito, onde as expressões e manifestações humanas devem ser livres e, inclusive, incentivadas. Se falei demais, se criei fatos, estou disposto: estão os meus punhos frágeis à espera das malditas algemas. E que seja feita a vontade dos poderosos!
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.