Um projeto de grande viabilidade que surgiu como forma de uma habitação progressiva e imediata. Um sonho de um jovem prefeito que imaginou transformar uma área desabitada em um projeto populacional capaz de apresentar um bairro de Amarante com uma feição de pequena cidade piauiense. Em pouco espaço de tempo as ruas foram surgindo e as edificações perfilhando-se ao lado delas. Alguns comércios apareceram, bem como, uma Unidade Básica de Saúde e a sede própria do SAMU (poucos municípios do Estado possuem um SAMU com sede própria). Nesse projeto fantástico, idealizou-se, em pouco espaço de tempo, um aglomerado com aproximadamente 3000 pessoas. Algo nunca visto na região do Médio Parnaíba ou mesmo no Piauí.
É certo que pela grandiosidade do projeto as verbas seriam difíceis, então Luiz Neto bolou um plano: entregar gratuitamente, através de concessões, lotes do terreno para quem dispusesse construir sua residência. E, para isso, foi dado um prazo de 240 dias (oito meses). Que deveria ser cumprido a rigor. A lógica está em se saber que a intenção do governante era povoar a área em breve espaço de tempo. Além do mais, oito meses é um prazo admissível para a construção de uma moradia, principalmente quem deseja evidentemente uma moradia fixa, fugindo do aluguel. O projeto teve início em 2010 quando o vice-prefeito era o médico AGENOR DE ALMEIDA LIRA. Naquele ano havia eleição para o cargo de Governador, onde o sobrinho de Agenor por afinidade, Wilson Martins era candidato e recebeu uma votação excelente em Amarante. Todos sabem, ele se elegeu. Se não se fez presente no município amarantino, essa é uma outra história.
A parafernália se apresenta agora. O prefeito Luiz Neto está sendo cassado e com seus direitos políticos suspensos por uma ação (pasmem!) movida pelo seu vice de 2010, AGENOR DE ALMEIDA LIRA, que, se houve um interessado maior em troca de votos por favores políticos, na época em tese, o seu nome seria AGENOR. Nas fundamentações titubeantes de alguns desembargadores que julgaram o processo, alegaram a influência desse projeto de concessões e, em paradoxo, afirmaram que essas distribuições foram evidenciadas em maior número em 2010 e não em 2012. Durmam com esse barulho: o autor de uma ação que deveria seu o réu. Tudo acontece sob esse céu anil que cobre o Brasil.
Outra coisa mencionada sem uma criteriosa análise reside no fato de se questionar o porquê desses terrenos não integrarem o ?Projeto Minha Casa Minha Vida?. É de se esperar que tão renomados julgadores soubessem que existem critérios que norteiam o ?Projeto Minha Casa Minha Vida? e, em nenhuma cidade do porte de Amarante (no Brasil), esse projeto vislumbrou atender a 3000 pessoas com moradias. Sabemos, portanto, que nesse projeto não se entrega terrenos e sim casas prontas. Ademais, ao lado das casas que incorporam o Residencial Novo Amarante (produto das concessões municipais) existem residências, recentemente inauguradas do ?Minha Casa, Minha Vida?. Inclusive o prefeito já adquiriu terrenos para construir mais 100 casas para esse projeto federal. E agora é esperar aprovação desse empreendimento pelo Governo Federal. As outras acusações, constantes no processo de cassação, tanto para o Juiz de Piso, como para o Colendo Tribunal Eleitoral, são frágeis, tênues, pálidas, sem robustez. Fica a nossa PERPLEXIDADE.
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