Servidores do Samu deixam Amarante sem atendimento de urgência e emergência

Servidores do Samu deixam Amarante sem atendimento de urgência e emergência

Base do Samu em Amarante | Denison Duarte

O município de Amarante passou a manhã desta sexta-feira, 18, sem os trabalhos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Todos os enfermeiros, técnicos em Enfermagem , condutores e demais servidores decidiram entregar os trabalhos, ficando o município sem nenhuma condição de atendimento urgente e/ou emergente.

Com o aumento do fluxo de veículos na BR-343 durante o feriadão da Semana Santa, a arbitrariedade da decisão deixou preocupada a população que, em caso emergente, não poderia ser amparada pelos municípios vizinhos como Regeneração, Angical, São Pedro ou Água Branca.

Tendo afirmado que nenhum dos servidores seria demitido, o prefeito Diego Teixeira e a secretária municipal de Saúde da nova gestão, Antonia Carvalho, participaram de duas reuniões com as equipes na manhã desta sexta-feira para reafirmar promessa de permanência dos servidores na função.

A decisão dos profissionais em deixar Amarante sem o atendimento do Samu foi unânime. O prefeito foi convocado por telefone para uma reunião com a equipe de servidores, que se manteve firme na decisão de não mais prestar nenhum atendimento ao município na nova administração.

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Em caráter imediato, Antonia Carvalho conseguiu formar duas equipes provisórias para eventual necessidade. A medida foi obtida com o apoio do município de Regeneração, com o suporte do secretário municipal de Saúde, Antão Ferreira.

Durante a reunião, o prefeito Diego Teixeira lembrou a todos do compromisso profissional, da ética, do juramento que todos fizeram ao assumirem o emprego. ?Quando assumimos a prefeitura, eu tive uma conversa com eles para que permanecessem no cargo todos os profissionais ligados ao Samu. Eu já tinha determinado que nenhuma equipe seria retirada e que toda a escala iria permanecer conforme a administração passada. Hoje, nós fomos surpreendidos pela equipe completa, eles disseram que nenhum deles iria mais trabalhar. A gente tentou falar do compromisso que eles fizeram quando se formaram, falamos da ética profissional, do juramento que fizeram, mas infelizmente entregaram.?

Uma das maiores dificuldades, segundo Diego Teixeira, gira em torno da formação profissional, exclusiva aos servidores. ?O Samu precisa de funcionários específicos treinados só para exercer essa função. Os interiores de Amarante estão todos lotados, e se acontecer algum acidente, como fica a situação??

?Eu disse (durante a reunião) que a nova gestão daria todo o apoio a esses profissionais, mas fui surpreendida hoje quando fui chamada pela própria equipe, comunicando que iria se afastar. Foi uma decisão unânime e eu respeito. O município não pode parar, a gente precisa dar continuidade aos serviços essenciais, conclui Antonia Carvalho.

Os servidores do Samu foram procurados para apresentarem suas razões, mas todos se negaram a prestar entrevistas.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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