CGTB abre debate contra a flexibilização da CLT

CGTB abre debate contra a flexibilização da CLT

Caros companheiros e companheiras trabalhadores Brasileiros querem acabar coma única proteção verdadeira que nós trabalhadores brasileiros temos CLT, mais não é possíveldeixarmos isto acontecer,dia 24 de outubro em SãoPaulo aconteceu o primeiro seminário de trabalhadores liderado pela CGTB em Sao Paupo e este companheiro Valenciano Piauiense presidente do SINDEACS-PI,e presidente da CGTB no Piauí Cruz Castro esteve presente e assinou este manifesto que segue em anexo, lembramos que lidera este movimento c Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Rua Conselheiro Brotero, 589 6º andar ? Santa Cecília ? 01154-001 São Paulo/SP

Telefax: (55.11) 3663-0473

cgtb@cgtb.org.br - www.cgtb.org.br CNPJ: 66.868.118/0001-44

Filiada à Federação Sindical Mundial - FSM

Em defesa da CLT, a mais avançada legislação trabalhista

?O trabalhador brasileiro possui hoje o seu código de direito,

a sua carta de emancipação econômica.

Ele sabe perfeitamente o que isso vale?

Getúlio Vargas, no 1º de Maio de 1943,

Estádio São Januário

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estabelecida por Getúlio há 69 anos nos

marcos da Revolução, tem sido a garantia dos direitos dos trabalhadores. Com ela, as

relações do trabalho saíram da idade da pedra para entrar na modernidade, sendo decisiva

para que o Brasil se transformasse de uma grande fazenda agroexportadora em um país

industrial. Sua instituição, portanto, é parte inseparável da luta do povo brasileiro pela

independência nacional.

Por isso, de tempos em tempos, os monopólios transnacionais lançam seus ataque à

CLT, para reduzir ou até mesmo eliminar direitos dos trabalhadores, sob o eufemismo de

?flexibilização?. No governo tucano, chegou a ser aprovado na Câmara o projeto de lei nº

5.483/01, que alterava o art. 618 da CLT, para que ?acordos? prevalecessem sobre a

legislação, o que abriria espaço para a redução de salários, aumento da jornada de trabalho e

assalto a diretos como férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, adicional noturno,

licença-maternidade, entre outros. No primeiro ano de seu mandato, o presidente Lula retirou

o projeto do Senado, onde se encontrava em tramitação.

Hoje, a nova investida contra a CLT vem travestida sob o nome de Acordo Coletivo

Especial, idealizado e formatado na Alemanha, mais precisamente pelo DRH da Volkswagen.

Consiste em suspender as normas da CLT onde houver ?acordos? nos locais de trabalho.

Pretensamente para melhorar a competitividade, aumentar a produção e criar novos

empregos e o Brasil crescer. Nada mais falso. Não são dos direitos dos trabalhadores que

diminuem a competitividade da indústria nacional. Pelo contrário, foram fundamentais para o

fortalecimento do mercado interno, contribuindo para que o Brasil tivesse um crescimento

médio anual de 7% até 1980. O que trava a competitividade e o crescimento são os juros

altos, o câmbio sobrevalorizado, a desnacionalização e, consequentemente, a

desindustrialização da nossa economia.

O ?Projeto Volks? vai abrir espaço para a redução de dias de férias (20, 10 ou 5 dias),

institucionalização do banco de horas, para que o salário seja pago não até o 5º dia útil, mas

até o 10º ou 20º, entre outros cortes de direitos e os trabalhadores sob ameaça de demissão.

Significará, enfim, aumento de lucros e redução de salários, é o que pretendem os

monopólios para aumentar as remessas de lucros, pois foi o que fizeram na Europa e nos

EUA, que só agravou a crise.

O que os trabalhadores brasileiros têm a ganhar copiando um projeto alemão que foi

redigido para instituir um brutal arrocho salarial, com a ?flexibilização? das leis trabalhistas

em 2002, que se constituiu, inclusive, na base da crise em que está mergulhada a Alemanha?

O que pode servir de exemplo ao Brasil as leis trabalhistas de um país que sequer possui

salário mínimo?

É a CLT que protege os trabalhadores da ganância das multinacionais. É a nossa

legislação que garante que não ocorra aqui o que acontece em outros países.

Além de piorar a legislação, ?flexibilizar? iria estimular as pressões e chantagens das

multinacionais e demais setores do patronato sobre os trabalhadores, no momento em que as

multinacionais avançam sobre a nossa economia, inclusive em setores estratégicos.

Não somos contra melhorar a legislação, seja qual for, desde que seja para ampliar os

direitos dos trabalhadores e não o contrário. Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

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A nossa luta atual é para que o país volte a crescer, rumo à independência nacional,

caminho iniciado por Getúlio e retomado pelo companheiro Lula. Para isso é preciso fortalecer

o mercado interno, com mais emprego e aumento real de salários; continuidade da redução

da taxa de juros; implantar uma política industrial, baseada no financiamento do BNDES às

empresas genuinamente nacionais e o governo dando-lhes preferências em suas

encomendas; fim dos leilões de petróleo, do fator previdenciário e da terceirização em

atividade fim; e investimento estatal nos setores de tecnologia de ponta.

São Paulo, 24 de outubro de 2012

Ubiraci Dantas de Oliveira

Presidente da CGontrário os empresarios a CUT, Força Sindical,UGTe outras etc



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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