Em comemoração aos 11 anos da Lei Maria da Penha, a população do município de Capitão de Campos recebeu uma manhã de palestras do evento “Agosto Lilás - Violência Contra a mulher não tem desculpa", nesta sexta-feira (18), promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pela Associação Neylivia Oliveira da Costa Mulher Viva. O evento aconteceu na quadra poliesportiva da Escola Municipal Paulo Ferraz e contou com a participação da promotora de Justiça Amparo Sousa Paz, do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID) do Ministério Público do Piauí.
Também participaram do ciclo de palestras autoridades convidadas que atuam em defesa dos direitos da mulher, como a delegada Lucivânia Vidal, do município de Piripiri.
"Agradeço imensamente o convite da equipe da Secretaria de Assistência Social. Tive a oportunidade de apresentar a Lei Maria da Penha desde a sua origem, tratei das medidas protetivas, a importância de realizar a denúncia e apresentei alguns dados sobre violência doméstica. Na ocasião, falei sobre nosso projeto Reeducar, do projeto Papo na Obra e todo o trabalho realizado pelo Nupevid/MPPI. Foi prazeroso debater com toda a comunidade de jovens e várias famílias que estiveram presentes, tirando suas dúvidas", destaca a promotora de Justiça Amparo Sousa Paz.
A secretária de Assistência Social de Capitão de Campos, Lindyane Batista, falou sobre o objetivo da ação na cidade.
“Queremos despertar e sensibilizar a população sobre a importância do combate a essa violência que ainda acontece bastante em nosso país. Sabemos que em cidades do interior, infelizmente, ainda temos uma cultura arcaica e machista, então é muito importante trabalhar esse tema, pois muitas vezes procuramos a vítima através de denúncias de terceiros, mas a própria nega o ocorrido. Então não podemos esquecer essa luta, que é diária” frisa.
Lei Maria da Penha
A Lei nº 11.340, que completou 11 anos no último dia 7 de agosto, leva o nome da farmacêutica cearense Maria da Penha, uma das principais ativistas na luta pelo fim da violência contra a mulher. Ela foi vítima do próprio marido e ficou paraplégica após as agressões.
De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a Central de Atendimento à Mulher registrou, ano passado, 1.133.345 atendimentos. O número foi 51% superior ao de 2015 (749.024). A central pode ser acionada pelo telefone 180.
Fonte: Ministério Publico do Piauí
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