Escola de Capitão de Campos tem os primeiros lugares no Programa Intercâmbio.

Escola de Capitão de Campos tem os primeiros lugares no Programa Intercâmbio.

Estudantes aprovadas | Face

Viajar para os Estados Unidos sempre foi um sonho para as estudantes Francisca Daniele de Andrade, Joana Rafaela da Silva, Larissa dos Santos Rocha, Ana Flávia Aguiar e Expedita Deyse, alunas da Unidade Escolar Paulo Ferraz, na cidade de Capitão de Campos. Entretanto, para elas, essa viagem só iria acontecer depois que estivessem formadas, trabalhando e com condições de bancar as próprias despesas. No entanto, com o apoio do Governo do Estado, o desejo foi antecipado e será concretizado em janeiro.

Isso porque com seu mérito, elas conseguiram a viagem ao obter os primeiros lugares no Processo Seletivo do Programa de Intercâmbio Educacional "Aprender é uma Viagem", que levará 120 alunos da rede pública estadual, que estejam cursando o 1° ano do ensino médio, a países de língua inglesa e espanhola. Durante a estada, elas terão uma ajuda de custo de R$ 600 por mês.

O programa conta com o apoio do governador Wilson Martins. "Na idade destes alunos, meu sonho era fazer um intercâmbio igual a esse. Sei o quanto é importante uma experiência dessa na vida de um estudante. Por isso, esse programa foi prioridade na minha administração e há cerca de um ano estamos trabalhando em cima dele", explica o governador.

A ida das meninas de Capitão de Campos para os Estados Unidos mexeu com a cidade. A escola, que tem supervisão do professor Werbety Ney, direção de Ana Cristina e coordenação pedagógica de Gleyde Kalyne, sabia que o resultado seria positivo, pois ao longo deste ano, os alunos participam de um programa de conversação, durante 2h por dia, com a professora Nárjara Brito, que nunca viajou para os EUA ou Europa, mas está feliz com a vitória de suas alunas. "Não fiquei surpresa com o resultado, mas com as primeiras colocações", diz.

Para as alunas, os seis meses que ficarão nos Estados Unidos serão de muito aprendizado. Joana, Larissa, Daniele, Flávia e Dayse estão empolgadas com a oportunidade de conviver com outras culturas e costumes e as mães, preocupadas, mas muito mais orgulhosas pela conquista das filhas. As expectativas das garotas intercambistas são as melhores possíveis. Elas ainda nem começaram a dar entrada nos documentos para tirar o passaporte, mas estão felizes com a oportunidade e acreditam que, mais do nunca, uma boa educação faz a diferença.

"Queremos conhecer novas culturas e vamos aprender muito com essa nova experiência", contam, enfatizando que estão tranquilas e preocupadas em aprender. Nessa trajetória de vitória, elas afirmam que não há espaço para deslumbramento, mas para estudar ainda mais.

Francisca Daniele, filha de agricultor e dona de casa, mora na zona rural de Piripiri, diz que se pudesse escolher a cidade americana para ficar os seis meses, iria ficar com Nova Iorque. "Mas essa oportunidade é única e vou aproveitar", diz a estudante que pretende fazer Medicina.

Larissa dos Santos Rocha, cujo pai era policial e a mãe é dona de casa, encara a viagem com tranquilidade e diz que a mãe, apesar de ansiosa e nervosa, está mais orgulhosa com a sua conquista.

A estudante Ana Flávia mora em Capitão de Campos há dois anos. Ela veio do Pará e se adaptou bem à cidade, especialmente à escola. Seu pai é lavrador e a mãe, operadora de caixa em loja da cidade. Segundo a adolescente, essa viagem é uma oportunidade ímpar, a realização do sonho. A mãe, Fátima Aguiar, disse estar receosa, mas feliz e tem certeza de que tudo correrá bem e será importante para a filha.

Já Joana Rafaela afirma que o intercâmbio é resultado de um esforço conjunto de professores e alunos. "Estou feliz", diz, afirmando que os pais, técnico agrícola da Adapi e mãe dona de casa, estão orgulhosos e apreensivos. Esta será a primeira vez que a estudante ficará distante de casa.

Expedita Deyse, cujo pai é carpinteiro e a mãe agente de saúde, diz que a preocupação dos pais é normal. Mas a alegria com a aprovação e a aprendizagem que será adquirida com a viagem são maiores.

Estudantes aprovam método de gestão escolar

Além do resultado surpreendente nesse seletivo, direção, professores, alunos e Conselho Escolar trabalham para transformar a escola num local onde o aprendizado é um prazer. Na instituição são feitos inúmeros projetos, dentre eles, Werbert destaca o "Nota Azul, Nota 10", um reconhecimento aos alunos nota azul em todas as disciplinas. Também são realizados os projetos Olhar do Conselho e os de Geometria e Conversação.

Werbety Ney afirma que havia dificuldade com Matemática, mas com o projeto de Geometria com ex-aluno da escola e hoje estudante de Matemática do IFPI, em Piripiri, Jackson de Oliveira, o desempenho melhorou consideravelmente. Jackson estudou 7 anos de sua vida na Unidade Escolar Paulo Ferraz e não conseguiu se desgarrar. Para ele, é gratificante ajudar e ver os resultados obtidos. Para o seu trabalho, ele diz que recebe uma bolsa da prefeitura.

"Saímos de um resultado negativo, de muita dificuldade, para medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Matemática e, no próximo dia 29 de novembro, estamos aguardando o resultado da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas", disse o professor.

As estudantes que irão fazer o intercâmbio dão crédito para os bons resultados ao modelo de gestão ativo, com a participação da comunidade. A escola conta com um conselho ativo, que acompanha as atividades pedagógicas e faz a compra da merenda dos alunos, levando em conta o valor nutricional de cada alimento.

O projeto Conversação é bancado pela escola e está em atividade desde março de 2013. Segundo o supervisor, os alunos são incentivados a participar dos projetos e as notas são boas em todas as disciplinas. "Temos o exemplo da estudante Joana Rafaela, selecionada para o Programa de Intercâmbio do Governo do Estado, que fez o Enem no 1° ano do Ensino Médio e conseguiu 800 pontos na redação", explica Werbety.

O bom resultado no processo de intercâmbio, segundo o professor Werbety Ney, é um incentivo para os demais alunos e a expectativa é que, no próximo ano, a escola tenha mais alunos aprovados passando por essa experiência.

Face: Adriano Rodrigues

Fonte: http://www.seduc.pi.gov.br/noticia.php?id=1693



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