Santa Maria abandonada sofre a décadas no interior do Piauí

Santa Maria abandonada sofre a décadas no interior do Piauí

Chafariz e escola no centro da comunidade | NossaRevista-Celsoliveira

Sem estradas, saneamento básico, calçamento, distribuição, atendimento de saúde e educação precária a comunidade Santa Maria há 38 kms da sede de Capitão de Campos-PI vivo o amargo do abandono sócio/administrativo.

Com mais de 200 eleitores, aproximadamente 500 habitantes e mais de 50 anos de existência, a comunidade não conta se quer com uma rua definida e calçada, a praça que dispõe para os encontros da população é o pátio de areia da igreja, as vias de circulação são vielas esburacadas e tomadas pela areia intrafegável entre casas e quintais.

Os mais de 38 kms de estradas que ligam a comunidade à sede do município é totalmente intransitável. Buracos, atoleiros, pedregulhos que destroem qualquer tipo de veículo, como foi o caso da viatura de reportagem.

Os estudantes das regiões vizinham usam carros precários e de carroçaria para chegar até à escola(foto), com imagem desgastada e descaracterizada.

Falta atendimento de saúde assim como social através de programas específicos, condizente com a necessidade da população.

A maioria do atendimento, principalmente às mulheres, crianças e idosos, é feito na vizinha cidade de Jatobá do Piauí.

Santa Maria sempre teve os costumeiros representantes políticos, vereadores de mandatos, identificados com a região, mas nunca teve projetos voltados para a mesma.

Moradores da localidade reuniram-se e lançaram um candidato próprio da comunidade na última eleição de 07 de outubro, o êxito foi grande, o candidato obteve a maioria dos votos mas não foi o suficiente para ser eleito e a miséria irepresentada deverá continuar.

O prefeito reeleito, Moisés Barbosa, esta à frente da administração do município há mais de 10 anos e conhece a triste realidade das pessoas da comunidade, mesmo assim, distanciando-se de realidade, deverá passar mais um mandato sem projetos para melhorar a situação de centenas de pessoas que lá residem.

A sensação de quem visita a comunidade é de uma sociedade abandonada: casas fechadas, taperas, sistema de coleta de água em cacimbão e a permanente reclamação dos que ainda resistem em sobreviver na tentativa de melhorar.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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