Hospital de Corrente é denunciado ao MP por falta de atendimento no SAMVIS

Hospital de Corrente é denunciado ao MP por falta de atendimento no SAMVIS

Funcionárias do CREAS | Viviane Setragni

O Serviço de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Sexual (SAMVIS), ofertado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), não está funcionando no município de Corrente. A constatação foi feita na manhã desta quinta-feira (20), quando a advogada Jéssica de Souza Lima e a Assistente Social Simone Cavalcanti Gonçalves, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), foram até a sede do Hospital Regional de Corrente com o objetivo de verificar as condições do serviço oferecido.

Na recepção do Hospital, o porteiro informou que a servidora responsável pelo programa não se encontrava, e não sabia dar explicações sobre horário de funcionamento do serviço. Também nenhuma pessoa responsável foi encontrada para prestar esclarecimentos.

A Assistente Social Simone Cavalcanti Gonçalves chama atenção ainda para o fato do hospital não possuir uma equipe responsável pelo atendimento. “Temos conhecimento de que no hospital regional de Bom Jesus, por exemplo, a equipe é composta inclusive por psicóloga e assistente social. Em Corrente, o hospital tem o espaço adequado para o atendimento, mas desconhecemos a existência de uma equipe do SAMVIS, o que é lamentável, já que o número de ocorrências desta natureza na região é considerável”, colocou.

A denúncia foi feita ao Ministério Público, pois o serviço é o único atendimento especializado para mulheres vítimas de abuso ou de violência sexual na região. A Promotora de Justiça Gilvânia Alves Viana afirmou que entrará em contato com a direção do hospital. “Temos ciência de que diversos serviços que deveriam ser oferecidos pelo hospital estão comprometidos devido a falta de repasse do Governo do Estado. De qualquer forma, a diretora do hospital deverá prestar esclarecimentos quanto ao funcionamento do programa”.

O SAMVIS tem como objetivo oportunizar todo o acompanhamento multiprofissional para as mulheres vítimas de violência, não apenas com vacinas e exames, mas também com apoio médico, psicológico e social, de forma transdisciplinar.



Fonte: Ascom



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