Na sexta-feira (25/10) houve o encerramento do curso de Bordado em Renda Renascença realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, foram 05 dias especializando as participantes que tiveram que se dedicar muito para aprenderem essa técnica muito difundida no nordeste do Brasil atualmente no estado do Ceará e Pernambuco .O tempo de uma semana não foi suficiente para se aprender toda a técnica usada neste tipo de bordado, mais ficou o compromisso de os alunos deste curso se encontrarem semanalmente para praticarem e trocarem experiências e um novo curso será realizado no inicio do próximo ano.
Bordar é ornamentar. É transformar um tecido com fios, cores e desenhos, buscando um resultado que agregue valor à ele. A Renda Renascença teve origem em Veneza, na Itália, por volta do século XVI, mas foi difundida pelos franceses, que adornavam o vestuário dos frequentadores da corte com esse trabalho. Veio para o Brasil por intermédio das freiras e difundiu-se no Nordeste, especialmente em Pernambuco. Contam que as freiras de clausura de Olinda foram às disseminadoras da renascença no Brasil. Como não mantinham contato com pessoas da comunidade, a técnica foi passada para serviçais do convento. Assim aconteceu com Dona Lála, respeitada artesã pernambucana, que teria aprendido com as freiras e depois ensinado a muitas outras mulheres, entre elas uma aprendiz paraibana que trouxe a técnica para a Paraíba por volta de 1950 para a sua cidade natal, Monteiro, onde hoje já surgiram associações que têm realizado trabalhos tão bons que estão sendo reconhecidos e premiados pela qualidade e originalidade.
A técnica é executada numa almofada, com agulha, linha e fitilho, que é uma fita estreita que dá sustentação aos pontos. Os entrelaçados são muito delicados e as tramas concêntricas são características marcantes dessa técnica. Muitas pessoas confundem a renascença com a renda irlandesa ou inglesa, mas são apenas técnicas semelhantes, pois a renda irlandesa usa o lacê no lugar do fitilho.
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