Nesta segunda feira, 19/09, completam 13 anos da morte de um dos mais queridos jornalistas da TV Piauiense, Donizetti Adalto dos Santos (D.A). Donizetti era natural de Mandaguari no estado do Paraná. Foi um escritor, jornalista e apresentador de televisão.
O JORNALIZTA DONIZETTI ADALTO
Donizetti Adalto comandava um programa de televisão de grande apelo popular no Piauí, o MN 40 Graus na TV Meio Norte. Donizetti Adalto dos Santos, candidato a Deputado Federal pelo Piauí, foi assassinado a poucos dias das eleições de 1998.
Polêmico e combativo, Donizetti denunciou vários esquemas de corrupção existentes no estado do Piauí, que ele chamava muito apropriadamente de máfia. Observadores da cena política entendem que ele seria eleito e que sua eliminação física seria resultado de uma ampla conjugação de esforços da máfia que ele denunciava em seus programas e que denunciou principalmente durante a campanha de 1998.
O ASSASSINATO DE DONIZETTI
Donizetti foi espancado e assassinado com sete tiros a queima roupa na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, pouco antes de uma hora da madrugada, na Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da ponte do bairro Primavera, na zona norte de Teresina. Ele era candidato a Deputado Federal pelo PPS, e estava acompanhado de seu companheiro de chapa, o Advogado e até então Vereador Djalma da Costa e Silva Filho, mais conhecido por Djalma Filho, que buscava vaga na Assembléia Legislativa do Piauí também pelo PPS.
Pouco tempo depois o crime começou a ser desvendado: Os ex-policiais civis joão Evangelista (Pezão) e Ricardo Alves, o estudante de direito Sérgio Silva e Djalma Filho acabaram sendo indiciados criminalmente e presos como envolvidos. Djalma Filho teve o mandato de Vereador cassado por quebra de decoro parlamentar. Os três primeiros foram condenados a penas superiores a 19 anos de reclusão, sendo que esses mesmos, depois que cumpriram parte da pena, ganharam progressão de regime. Djalma Filho entrou com recursos e é o único dos acusados que ainda não foi julgado, aguardando o julgamento em liberdade.
A MOTIVAÇÃO DO ASSASSINATO
As provas colhidas pelo Ministério Público do estado do Piauí demonstraram que a autoria intelectual do crime recai sobre o primeiro dos denunciados, na época o vereador à Câmara Municipal de Teresina, Djalma da Costa e Silva Filho, candidato a deputado estadual pelo mesmo partido da vítima e seu companheiro de campanha política. Naquela época, Donizetti já despontava no cenário político local com invejável índice de aceitação popular.
O Jornalista Carlos Moraes, que atualmente trabalha na TV Paraná Educativa e que durante muitos anos foi parceiro de Donizetti Adalto na TV Meio Norte, acredita que Donizetti Adalto foi assassinado por uma espécie de consórcio do crime que se formou para executar a sua eliminação física e depois se consolidou para proteger os elementos diretamente envolvidos no crime.
COMOÇÃO POPULAR
Milhares de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre saindo do Ginásio Verdão até o cemitério Jardim da Ressurreição, onde Donizetti foi sepultado. Um monumento foi construído no canteiro da avenida Marechal Castelo Branco, bem à frente do local do assassinato para homenagear o jornalista. Durante o ano todo, é comum pessoas irem ao local do assassinato para prestarem homenagem ao apresentador.
FRAZES E BORDÕES
Donizetti Adalto também criou bordões e frases que até hoje são lembrados pela população piauiense como: "Morro e não vejo tudo" e "Cristo está voltando", ou ainda palavras como gatunagem, tatú societi e mamismo. O slogan da candidatura de Donizetti Adalto era Calar não calo e Pau na Máfia todas elas fizeram parte da trajetória de Donizette.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.