A falta de entendimento e as disputas internas estão virando rotina no Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí. Depois de um acirrado processo para definição da candidatura própria ? ou não ? ocorrida em Oeiras a questão parece ainda não ter acabado.
Duas teses existem entorno do encontro do final de semana (28). Uma é defendida pela ala que apoia uma aliança com o pré-candidato a prefeito pelo PSB Lukano Sá liderada pelo vereador e presidente do PT de Oeiras Deri Gonzaga. A outra tese é defendida pela ala que defende a pré- candidatura de Edimilson Carvalho.
O resultado da eleição que aconteceu no plenário da Câmara de vereadores de Oeiras durante o sábado (28) terminou por aprovar a aliança do PT municipal com o PSB. A votação terminou com um placar de 138 votos a favor da coligação com o PSB, 8 votos pela candidatura própria , 2 votos brancos e 1 voto nulo.
Durante o encontro do PT realizado no diretório municipal no mesmo dia (28) houve também uma votação entre os seus filiados. Nesta votação 88 filiados foram a favor da candidatura própria, 12 votaram pela coligação com o PSB e 2 votos foram nulos, num total de 102 votantes.
Justiça
O presidente do diretório municipal, vereador Deri Gonzaga, defensor da coligação com o PSB, disse em entrevista a um portal da capital que o partido tomou duas medidas visando resolver o problema.
Primeiro ele informa que recorreu ao Diretório Estadual pedindo a anulação da reunião ampliada, que decidiu pela candidatura própria.
Em paralelo, o Diretório Municipal entrou com uma ação na justiça comum pedindo a legalidade da eleição ocorrida da Câmara Municipal, que optou pela coligação.
O presidente informa também que, para realizar o pleito cumpriu todos os procedimentos legais, e todos os documentos necessários para que a eleição interna fosse realizada.
Filiado ao partido há nove anos, Deri Gonzaga diz que defende a coligação com o PSB e a pré-candidatura de Lukano Sá porque, segundo ele, seria uma maneira mais segura de eleger três vereadores no município, além do vice-prefeito. ?Se optássemos pela candidatura própria, a possibilidade de elegermos algum vereador, por exemplo, é praticamente zero. É bem mais difícil?, avaliou o petista.
De acordo com o vereador, o próximo passo é aguardar o desenrolar do assunto. ?Caso o Diretório Estadual negue o pedido de legalidade do pleito, os filiados garantem que vão recorrer da decisão em nível nacional?.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.