O corpo de um homem de identidade ainda desconhecida está sendo guardado nas dependências do Instituto Médico Legal de Parnaíba sem a devida refrigeração. Segundo informações de funcionários, as geladeiras do IML estão apenas ventilando. A vítima de afogamento foi resgatada na noite da última quinta-feira (23/04) e até o momento nenhum familiar se apresentou para realizar o reconhecimento.
Ainda de acordo com os funcionários, além da problemática das geladeiras, a área destinada para a realização de necropsia está às escuras, assim como boa parte dos banheiros do prédio. Com a situação, populares que moram perto do IML não estão mais aguentando o mau cheiro exalado pelo corpo em estado de putrefação. Sobre o caso, o diretor do Instituto Médico Legal de Parnaíba afirmou que em até 24 horas um familiar terá que aparecer.
“Infelizmente, não podemos fazer necropsia e enterrar sem requisição e sem reconhecimento. Precisamos da identificação. Vamos aguardar na medida do possível a família. Caso não apareça ninguém em 24 horas, vamos coletar o material para DNA, acionar o serviço social do município e enterrar como indigente”, afirmou o legista Klécio Carvalho, diretor do IML.
Já sobre o funcionamento das geladeiras, o diretor afirmou que realmente tem uma que voltou a apresentar problemas técnicos. Mas segundo ele, há outra que está funcionando. No entanto, o corpo em decomposição não foi colocado para ser refrigerado. “O corpo está dilatado. Os funcionários que manipulam o corpo me repassaram que não foi possível colocá-lo na geladeira em funcionamento”, explicou.
Já de acordo com o auxiliar de necropsia do IML de Parnaíba, Robinson Castillo, o corpo não foi colocado dentro da geladeira porque o local está às escuras. “Lá só tem uma geladeira funcionando a meia sola. Ela não está gelando normal. O local da necropsia está às escuras. Os vigias colocam é vela lá. Uma vez até me assustei com a cena dos maços de vela acesos, pensei que fosse um despacho de macumba”, disse.
Por Kairo Amaral
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.