Criança já vinha sofrendo estupros, diz diretor do IML de Parnaíba

Criança já vinha sofrendo estupros, diz diretor do IML de Parnaíba

O coordenador do Iinstituto Médico Legal de Parnaíba, médico Charles Piter,  concedeu entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, dia 26 de outubro, onde afirmou que a criança de apenas dois anos de idade, vítima de um estupro na cidade de Ilha Grande, no litoral do Piauí, já vinha sofrendo consecutivos abusos sexuais. 

“O laudo pericial confirmou que a criança morreu em decorrência dos abusos sexuais. Houve uma necrose [morte de célula ou tecido orgânico] na região do anus da criança por causa do estupro ocorrido, houve também outras lesões. Então, o que a gente comprovou mediante o laudo foi que o garoto já vinha sofrendo estupros de forma consecutiva, com lesões recentes e havia lesões mais antigas. Essa necrose já é uma lesão mais antiga", afirmou ao repórter Kairo Amaral. 

De acordo com o médico, o material genético da criança e dos acusados já foram coletados. "Nós já colhemos material genético que foi enviado para realização de exames que vão apontar as causas", disse ao acrescentar que ainda não é possível apontar, com  precisão, quem cometeu os abusos. 

“Nós ainda não temos condições de apontar o autor do estupro.  O corpo foi entregue para família e não procede a informação de que foi levado para capital”, esclareceu. 

Perícia confirma que criança morreu em decorrência de abusos

O constatação do estupro foi feita pelo Instituto Médico Legal (IML). Mesmo com todo o esforço da equipe médica, a criança não resistiu e morreu. Em um dos prontuários, é possível constatar que os médicos solicitaram exames para verificar a existência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTS).

Segundo o perito criminal Péricles Avelino, a Perícia de Parnaíba confirmou que criança morreu em decorrência de abusos sexuais. “O laudo médico legista constatou que, sim, a morte da criança foi insuficiência respiratória, causada pela translocação de lesões na criança. Então, a resposta é sim: ele morreu em decorrência dos abusos sexuais”, afirmou. 

Além das comprovações periciais, o laudo contém imagens absurdas de como ficou as partes íntimas do garoto. “A criança não conseguia evacuar, ela não conseguia por conta do anus que estava morto. Tudo isso por conta do abuso que é recorrente”, acrescentou.

Os abusos

Nos prontuários do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), onde ocorreu atendimento médico, consta a entrada da criança por pelo menos quatro vezes entre os dias 19 e 21 de outubro.

De acordo com a direção do Heda, o quadro de saúde da criança só piorava. “Foi solicitado uma avaliação do cirurgião, que no outro dia examinou a criança, pediu para que a mãe contasse a história do garoto. A mãe, então, relatou que havia lesões na boca e referiu que a criança sentia dor no anus, foi quando a médica foi avaliar e teve a suspeita de abuso”, afirmou.

Principal suspeito

O principal suspeito do estupro, segundo as investigações, é o próprio pai da criança. Ele, assim como a mãe, já foram ouvidos pelo delegado responsável pelo caso. Uma enteada dele, que não foi identificada, também foi ouvida.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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