Professor é investigado em Parnaíba após pedir imagens íntimas de alunas

Professor é investigado em Parnaíba após pedir imagens íntimas de alunas

Print de conversa do aplicativo telegram. | Reprodução

Um professor de história está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Parnaíba, após ser denunciado por pelo menos quatro alunas de um tradicional colégio no litoral do Piauí, de está solicitando imagens íntimas das adolescentes via aplicativo “telegram”. Após o caso ganhar repercussão, a instituição de ensino resolveu demitir o profissional e ingressar, juntamente com os responsáveis das garotas, com um inquérito policial.

Em um dos prints de conversas que chegaram até a mesa da delegada Maria de Jesus Bastos, um homem denominado como “JC” fala: “Até Hj espero a foto. Sinto que vc não irá me mandar”, [sic]. Um minuto depois, uma nova mensagem: “Vc só deve ta de camisola e mais nada”, [sic]. Segundo as investigações, o autor das frases é João Carlos Araújo de Sousa, professor de história de um dos colégios mais tradicionais de Parnaíba.

“Segundo as menores, o investigado pedia que elas instalassem um programa chamado telegram, que ficava responsável por apagar as mensagens. Se por acaso as vítimas fizessem um print da conversa, o suspeito seria comunicado imediatamente. Através desse aplicativo, ele pedia imagens sensuais das adolescentes. Em depoimento, ele negou as acusações e disse que os fatos não aconteceram como foi denunciado. Mas o inquérito policial continua, inclusive com solicitação de perícias”, afirmou a delegada Maria de Jesus Bastos, responsável pelo caso.

Ainda segundo a delegada, todas as vítimas já foram ouvidas. Em depoimento na delegacia, o investigado negou as acusações e explicou que foi mal interpretado. O MeioNorte.com esteve no colégio onde o caso foi registrado, mas a direção informou, por meio de uma funcionária, que não irá falar sobre o assunto. A nossa equipe de reportagem também esteve no endereço do suspeito que se encontra disponível no inquérito, porém o professor João Carlos não foi encontrado para falar sobre a denúncia.

NOTA DE ESCLARECIMENTOS enviada ao MeioNorte.com

“Na condição de advogado de defesa do professor João Carlos e em face de matéria veiculada neste blog, esclarecemos: João Carlos trabalha desde os 20 anos como professor de história, arte e sociologia. Ele leciona da 6ª série até o 3º ano, e sempre teve o maior respeito por seus alunos e pode se dizer muito querido por todos. Entretanto, em tempos de redes sociais muito intensa, existe muito equívocos e enganos que merecem maior apuração e não simplesmente condená-lo antes de uma decisão final, até porque estamos falando de inquérito, peça apenas investigativa. Esclarecemos ainda que neste mesmo inquérito, há uma gravação feita pelo próprio professor e a menor do "print" divulgado por este blog. A menor diz que irá desmentir, porque falou em outro contexto – inclusive está no inquérito –, mas o repórter não se deu o trabalho de divulgar esse aspecto. Há também o histórico de outra garota, conhecida em mandar dentro do colégio fotos com pouca roupa, mas também mesmo estando no inquérito – e esse histórico terá que ser considerado –, o repórter não divulgou. É muito mais fácil atacar e ter uma audiência a mostrar a verdade real do que está sendo apurado. Acreditamos na apuração da delegada Jesus, muito criteriosa e sensata. Pedimos que a imprensa não destrua a vida de um jovem, que tenta sobreviver em umas das formas mais nobres – transmitindo seus conhecimentos a juventude – tão carente de focar suas vidas em coisas positivas”, Joaquim Magalhães, OAB 1760.

EDITORIAL

O Blog de Parnaíba do MeioNorte.com ressalta que em momento algum teve a intenção de destruir a vida de ninguém. Esclarecemos também que o áudio e a segunda conversa citada na nota do advogado, não foram disponibilizados para a nossa equipe de reportagem e que, por conta disso, não foi possível a divulgação. Produzimos a matéria tendo como base o relato da delegada responsável pelo caso, Dra. Maria de Jesus Bastos. Procuramos o colégio e o próprio investigado para que se pronunciassem, porém não obtivemos êxito nas investidas. Iremos continuar atentos ao caso e acompanhando as investigações da Policia Civil.

Kairo Amaral Rezende (correspondente do MeioNorte.com em Parnaíba)

Por Kairo Amaral



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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