Vistoria encontra celulares e carregadores na Penitenciária de Parnaíba

Vistoria encontra celulares e carregadores na Penitenciária de Parnaíba

O material foi apreendido na ala 1 do presídio. | Kairo Amaral

Aparelhos celulares, carregadores, facas artesanais e outros objetos foram encontrados nessa terça-feira (19/05) durante uma vistoria na Penitenciária Mista de Parnaíba Juiz Fontes Ibiapina, no litoral do Piauí. Segundo informações, a busca no presídio se deu após ser levantada a suspeita de que um detento estava realizando ligações telefônicas para uma mulher que havia sido presa com maconha escondida na bolsa de uma criança.

De acordo com a Polícia Militar, os seis celulares, os três carregadores, as duas armas de fabricação artesanal, os dois cachimbos para o uso de entorpecentes e as duas baterias, não foram encontrados com o detento suspeito. A vistoria foi realizada por agentes penitenciários com o apoio de policiais militares da Força Tática de Parnaíba. O material foi apreendido na ala 1 do presídio.

Para o diretor da unidade prisional, há projetos para serem executados ainda neste ano visando solucionar esta problemática. “Quando assumimos a direção desta penitenciária, um dos nossos primeiros projetos apresentados foi à casa de abrigo, onde os familiares ficam e não adentram no presídio diretamente. E isso já está bem encaminhado, pois se encontra no setor de engenharia da Secretaria de Justiça”, afirmou o diretor da Penitenciária de Parnaíba, Eduardo Ferreira.  

Ainda segundo o diretor, a secretaria deu um prazo de seis meses para a execução deste projeto. Atualmente, a unidade prisional de Parnaíba possui 420 detentos, sendo que a capacidade inicial é para 136 presos. Sobre esta superlotação, Eduardo Ferreira explicou que o problema vai muito além da construção de novos presídios. 

“Para se resolver o problema não é somente se construir cadeia. Se todos os presídios estão cheios, há uma série de problemas que precisam ser corrigidos. Além disso, tem a lentidão dos processos, a questão da implantação das tornozeleiras eletrônicas, penas alternaticas. Em fim, não podemos só pensar em aumentar as vagas nas penitenciárias, temos que pensar em buscar alternativas. Criar vaga para preso é fácil, mas temos na realidade é que criarmos vagas para cidadãos”, concluiu.

Por Kairo Amaral



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