A Polícia Federal está inves-tigando casos de uso indevido de programas sociais e de troca de benefícios como o Bolsa Família por votos no interior. A gerente de transferência de renda da Secretaria Estadual de Assistência Social, Claudina Lima, alerta para o uso eleitoreiro do Bolsa Família no período de campanha. Segundo a gerente, haverá mais fiscalização se os conselhos de assistência social e os cidadãos nos municípios ficarem atentos e denunciar as irregularidades.
No Piauí, 443 mil famílias são beneficiadas com o programa, que recebem de R$ 32,00 a R$ 306,00 dependendo da renda da família por pessoa e do número de filhos menores. No total, o programa injeta R$ 53 milhões todos os meses na economia do Estado. O Bolsa Família é um programa do Governo Federal de distribuição de renda. A verba é gerenciada pelas secretarias municipais de assistência social. A Sasc orienta que os municípios instalem conselhos para fiscalizar a aplicação.
A Polícia Federal apurava denúncias de uso irregular do programa, inclusive a troca de cadastramento por votos, mas as investigações pararam por conta da greve na instituição, deflagrada na última quarta-feira. No Piauí, várias famílias tiveram os benefícios suspensos ou cortados, porque não se recadastraram no programa ou por outras irregularidades. Do total de beneficiárias, 811 tiveram o benefício bloqueado, 115 perderam o auxílio e 2.243 foram advertidas quanta ausência das crianças em sala de aula, condição precípua para continuarem recebendo.
"Nossa responsabilidade é acompanhar e fiscalizar. Fazemos sempre apelo nas capa-citações, porque a partir do momento que o município adere ao Bolsa Família, ele deve criar a instância de controle, que é o conselho municipal de assistência social. Orientamos a criarem essa instância de controle, porque o Bolsa Família é uma gestão compartilhada", explicou Claudina Lima, orientando que as denúncias sejam encaminhadas ao Ministério Público.
Fonte: Diário do Povo
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