Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Pedro II recebem treinamento que trata sobre os aspectos epidemiológicos e clínicos da Leishmaniose que tem como propósito trabalhar a vigilância e controle da doença no município. O treinamento acontece através de uma parceria da Prefeitura de Pedro II com a SESAPI (Secretaria de Estado da Saúde do Piauí) e teve início nesta terça-feira (27-06) na Câmara Municipal de Pedro II e segue até quarta-feira (28-06). Esta capacitação tem como público alvo, médicos, enfermeiros, agentes de endemias entre outros profissionais.
O treinamento foi ministrado por diversos profissionais da SESAPI, entre estes a médica Infectologista, Amparo Salmito, o Bioquímico Farmacêutico, Humberto Feitosa, o coordenador Estadual da Leishmaniose, Gregório Júnior, todos estres profissionais também são ligados ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, que é referência nesse agravo no Estado do Piauí.
De acordo com a médica Amparo Salmito, a Leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral. “É uma doença causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. É uma zoonose comum ao cão e ao homem, transmitida ao ser humano pela picada de mosquitos flebotomíneos, que também é chamado em algumas regiões de “mosquito palha” ou birigui”, disse a infectologista.
O calazar (Leishmaniose Visceral) e a úlcera de Bauru (Leishmaniose tegumentar americana) também são formas da doença. ”A Leishmaniose Visceral é conhecida ainda como calazar ou febre dumdum, ataca diretamente órgãos como o baço, o fígado e a medula óssea. Tem período de incubação que pode variar entre meses ou anos e apresenta entre os sintomas mais comuns, a febre prolongada, úlceras escuras na pele, aumento do baço e do fígado, anemia, tosse, dor abdominal entre outras reações”, complementa a médica.
A infectologista também destacou como sendo preocupante a ação da Leishmaniose cutânea por incubação de algumas semanas ou meses. “Nesta ação surgem sintomas como lesões na pele extremamente irritantes nas zonas picadas pelo mosquito, que progridem para crostas úmidas e escurecimento da pele. A Leishmaniose Mucocutânea é semelhante, mas com maiores e mais profundas lesões que se estendem às mucosas da boca, nariz ou genitais”, finaliza Amparo Salmito.
O coordenador de Vigilância em Saúde de Pedro II, Agnelo Barros, demonstra preocupação pelo alto índice de Leishmaniose no município. “Tivemos que trazer estes profissionais da SESAPI para capacitar ainda mais os nossos profissionais de saúde da nossa secretaria, pois passamos por um momento que preocupa, temos um alto índice de calazar em nosso município e o desafio agora é combater e os nossos profissionais precisam está preparados para lhe dar com esta situação preocupante”, disse o coordenador.
A secretária municipal de Saúde, Tatiana Galvão, destaca a preocupação da Prefeitura em combater o surgimento da doença no município. “Estamos tento a preocupação de capacitar nossos profissionais, pois devemos sempre estar preparados para saber lidar com esta situação”, conclui a gestora.
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