Na manhã desta sexta-feira, dia 06 de setembro, foi realizado o 19º Grito dos Excluídos com a participação de mais de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de várias regiões do Piauí. A manifestação teve início por volta das 8h com saída do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ? INCRA e seguiu pelos três poderes. A primeira parada foi na Assembleia Legislativa do Piauí ? ALEPI, depois o grupo seguiu até a Prefeitura Municipal de Teresina e finalizou em frente ao Palácio do Karnak.
O grupo que é constituído pela igreja e movimentos sociais tais como Obra Kolping, Caritas, Celta, Cerac, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais entre outros, pedem prioridade em projetos de reforma agrária e melhorias nos assentamentos. Agricultores de Picos, São Raimundo Nonato, Campo Maior, Bom Jesus, Pedro II e outras cidades também participaram do movimento.
Os manifestantes estão desde a quinta-feira, dia 05 de setembro, acampados na sede do Incra em Teresina. No Piauí, somente o MST coordena 76 assentamentos, com mais de 500 famílias em todas as regiões do estado.
COMO COMEÇOU O MANIFESTO
O Grito das pessoas excluídas teve início no ano de 1995, como continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade, que naquele ano refletiu a exclusão social no Brasil.
É uma iniciativa das Pastorais Sociais Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB em parceria com numerosas entidades, movimentos, associações e organizações de base.
É realizado sempre na Semana da Pátria, pois revela uma nova concepção de patriotismo que vai se impondo a cada ano que passa. Ao lado de uma atitude passiva que se limita a assistir de camarote o desfile de soldados, armas e escolas, cresce a noção de participação ativa, não só enquanto questionamento diante dos rumos do país, mas, também, como atuação propositiva em vista de uma sociedade justa, solidária e fraterna.
O Grito promove, nas ruas, praças e campos, o desfile dos excluídos. Pessoas que se sentem cada vez mais à margem dos destinos da nação, seja do ponto de vista econômico e político, seja do ponto de vista sociocultural.
Neste ano, a 19° edição do Grito dos Excluídos, traz como temática a reflexão sobre a situação da Juventude, vítima de um sistema gerador de exclusão, discriminação, violência e extermínio juvenil.
Fonte: Kolping
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