3º BEC fará coletiva sobre possível saída do Batalhão de Picos
Na ocasião, o General Carlos Alberto concederá uma coletiva com a imprensa, no dia 16 de Janeiro, quinta- feira próxima, das 17:30h às 17:45h
O Terceiro Batalhão de Engenharia e Construção ? 3º BEC, sediará, nos dias 16 e 17 de janeiro de 2014, a 1ª Reunião de Comando dos Batalhões de Engenharia do Nordeste. Nesta ocasião, estará presente o Exmo Sr General de Brigada Carlos Alberto Maciel Teixeira, Comandante do 1º Grupamento de Engenharia (Escalão Superior do 1º BEC; 2º BEC; 3º BEC; 4º BEC e 7º BE Cmb).
Na ocasião, o General Carlos Alberto concederá uma coletiva com a imprensa, no dia 16 de Janeiro, quinta- feira próxima, das 17:30h às 17:45h.
A polêmica em torno da saída do 3º BEC da cidade de Picos teve início quando o governador do estado do Tocantins solicitou à presidente Dilma Rousseff a instalação de um Batalhão de Engenharia e Construção para o seu estado, tendo em vista as inúmeras obras por lá realizadas.
Na oportunidade foi realizado um estudo onde aponta que o Brasil dispõe de 11 Batalhões de Engenharia e Construção, dois deles localizados no estado do Piauí, e que o 3º BEC de Picos seria o mais apropriado a deixar o estado, tendo em vista que nos últimos sete anos não realizou nenhuma obra em solo piauiense.
?Haverá uma reunião com Estado Maior do Exército, Departamento de Engenharia e Construção e com o Comandante do Exército, e o Comandante vai aceitar a proposta de transferência, ou não. A decisão deve sair nas próximas semanas e com o Comandante do Exército decidindo que sim, a proposta será levada para a Presidente Dilma?, explica o Cel. Ivan Oliveira, Comandante do 3º BEC.
Cel. Ivan acrescenta que o estudo realizado pelo exército levou em conta o apoio logístico, mas que dados levantados pela própria sociedade e comunidade política verificaram que há sete anos o Batalhão não realiza nenhuma obra no Piauí, a última realizada foi no estado do Pernambuco, ao contrário do 2º BEC de Teresina, que inclusive está trabalhando nas obras da BR 135.
?O que o Exército levantou foi o apoio logístico, estar numa capital nos permite participar de licitações com empresas mais fortes, que têm condições de dar suporte a uma obra pesada, uma obra grande. Nós fazemos licitações o ano inteiro, nós geramos em torno de 50 milhões por ano em licitação e empresas do Brasil inteiro participam. Para ter uma ideia, o nosso fornecedor de gás é do Rio Grande do Sul, em material de construção temos algumas empresas pequenas daqui, mas tem muita gente de fora como Recife, Natal e João Pessoa. Então essa parte logística de suporte a obra é muito melhor numa capital?, afirma.
3º BEC injeta 4 milhões por mês na economia picoense
O Coronel Ivan Oliveira aponta que em termo de execução de obras esta mudança seria positiva para o 3º BEC, no entanto, acrescenta o Batalhão tem uma ligação muito forte com a comunidade picoense, inclusive financeiramente.
?Como comandante atual não posso me furtar ao fato de que o 3º BEC já tem uma ligação com a comunidade. O Batalhão está em Picos há 42 anos e injeta em torno de 4 milhões de reais por mês na economia local só com pagamento de salários, esse é um volume alto para uma cidade de 70 mil habitantes como Picos, então nós temos uma noção do impacto econômico que seria para a cidade com a saída do Batalhão?, acrescenta.
Por que o 3º BEC passou 7 anos sem construir no Piauí?
O Coronel Ivan Oliveira explica que diferente das empresas do ramo de construção civil, o Exército Brasileiro só participa de uma obra quando é convidado, ou seja, não participa dos processos licitatórios com as construtoras, mas estabelece um convênio com o órgão concedente para executar a referida obra.
?Depois que surgiu essa polêmica da saída nós fomos procurados por algumas obras do DNIT e do DR, ainda estamos estudando, pois o Batalhão precisa de obras em que ele possa de auto sustentar. As nossas obras são um pouco mais dispendiosas do que as de uma empresa privada que contrata o profissional especialista, nós ensinamos o soldado a operar, então fazemos uma obra mais lenta, em compensação estas têm uma durabilidade maior, pois a gente se esmera neste quesito. O que acontece normalmente é que as obras mais difíceis com menor lucro para uma empresa privada são passadas para o Exército?, afirma.
Nos últimos sete anos o 3º BEC de Picos atuou no estado do Pernambuco, entre as obras consta o Projeto de Integração do Rio São Francisco e a duplicação da BR 101. Atualmente o 3º BEC está disponível para executar obras no Piauí, desde que essa obra faça aumentar o potencial de trabalho do Batalhão, o que não inclui obras pequenas. Fonte: Portal O Povo
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