A Praça Félix Pacheco.

A Praça Félix Pacheco.

Fonte:FCS

Inicialmente, podemos dizer que praçasignifica um lugar público, geralmente cercado de edifícios, ou mesmo de prédios de menores dimensões, onde quase sempre há algum tipo de arborização, o que auxilia na ornamentação e beleza da paisagem urbana.

Lembro-me com saudade da Praça Félix Pacheco do final dos anos 60, anos 70 e início dos 80, época que compreende a minha infância e juventude. Na verdade, quando íamos ao centro da cidade, quase sempre freqüentávamos a Praça, praça esta inaugurada no dia 10 de janeiro de 1942, na gestão do então prefeito Adalberto de Moura Santos, mais conhecido como Bertinho Santos..

Há de se destacar que na parte central da Praça existia, naquela época (citada mais acima: anos 60...), um abrigo de caráter comercial, e em suas proximidades, uma bela fonte luminosa; além de tanques de águas transparentes, com uma mini-ponte ligando um passeio a outro. Era ali o local ideal e preferido para se tirar fotografias em noites de festa, como, por exemplo, na noite de Natal. Aquela praça era realmente bastante movimentada naquelas noites, quando o fluxo de pessoas aumentava consideravelmente, uma vez que os habitantes das cidades vizinhas, bem como do interior e dos nossos bairros, deslocavam-se em grande número, rumo ao centro da Cidade. Era difícil calcular o número de pessoas que ali se aglomeravam em determinadas ocasiões festivas.

É importante ressaltar que existia já ali, um grande número de casas comerciais, além das residenciais; sendo estas, sobretudo, no calçadão/paredão do lado oeste da Praça, bem como alguns bares e o tradicional Cine Spark, cinema onde se assistia a filmes de diversos gêneros; além de ser naquela época, o local onde se realizavam grandes shows artísticos de vários gêneros, os quais proporcionavam momentos agradáveis de lazer. Havia até mesmo uma espécie de show de calouros, onde se apresentavam artistas amadores da terra. Ali, assisti no final dos anos 70 e começo dos anos 80, ainda na minha adolescência, a vários filmes e shows musicais de artistas da música romântica e popular brasileira. Cumpre também destacar que em cada ano, por ocasião da Semana Santa, exibia-se sempre e com sucesso um filme sobre a Paixão de Cristo, quando também o público lotava as dependências do Cinema.

Lembro-me também da Sorveteria Apolo 11, onde a gente ia comprar picolés e sorvetes, naquelas alegres e saudosas noites de Natal da minha infância, quando todos nós, familiares, íamos todos os anos ao centro da nossa cidade, com a finalidade de comprarmos os brinquedos/presentes, divertirmo-nos e alguns assistirem também à Missa do Galo.

É verdade que após a missa semanal das noites de domingo na Catedral, o passeio tradicional na praça ainda era bastante relevante e notável até o final dos anos 70, quando uma multidão considerável desfilava num vaivém incessante pelos passeios laterais ou flancos da Praça. Lá também se davam com freqüência os encontros dos casais de namorados, que, romanticamente, passávamos doces e sublimes momentos nos jardins e bancos da praça. São nossas lembranças através dos tempos.

Obs. Este artigo/texto é parte integrante do meu livro Memórias do Tempo.

(*) Edimar é escritor/cronista, articulista, memorialista, poeta, professor e sociólogo formado em Recife - PE.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

Tópicos
SEÇÕES