Postado:Leila Fernanda
Demonstrando indignação o comerciante Cesar Pio procurou a Secretaria Municipal de Picos, na manhã da quinta-feira, 08, para denunciar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) pelo crime de negligência médica. Em entrevista a nossa reportagem o comerciante disse ter ligado para o SAMU às 3h45min pedindo socorro para a sua esposa, a senhora Jadeir de Moura Feitosa, que sofria de fortes dores no abdômen. Um médico, cujo nome não foi divulgado, receitou, por telefone, um buscopan. Ao receber o medicamento, Jadeir teria sofrido uma reação adversa, tendo o seu estado clínico agravado.
Cesar Pio disse ter ligado novamente para o SAMU, pedindo urgência. Teria ouvido do médico que o atendeu, que ele se encontrava ?avexado?, pressa que seria desnecessária. Após 15 minutos a ambulância chega a sua residência, sem um médico, apenas com motorista e enfermeiro, e transporta a esposa do comerciante para a Clínica de Urgência. Lá chegando, constatou que não havia médico e buscou a Casa de Saúde, onde pagou a um profissional da medicina para que a atendesse.
César Pio teria ouvido do médico que a sua esposa poderia ter ido a óbito, caso tivesse demorado mais um pouco para ser atendida, detalhe que isso só veio a acontecer por volta das 5h30min. ?Aconteceu isso comigo, quer dizer, quantas pessoas já morreram por falta de atendimento médico? Após 20 minutos uma pessoa ainda me mandar ter calma?, protestou.
O comerciante também foi ao SAMU onde falou com o coordenador médico do SAMU, Mário José. Ele teria afirmado que nem todos os casos um médico pode se deslocar. Até o fechamento dessa matéria a senhora Jadeir de Moura Feitosa estava internada. Seu quadro clínico não era bom, mas estável. César Pio quer saber o nome do médico para cobrar explicações deste.
Explicações
Em entrevista a nossa reportagem o médico Mário José que desempenha a função de coordenador médico do SAMU, informou que não é em todos os casos que os profissionais se deslocam para o local onde são solicitados. Ele falou que a equipe segue um ?protocolo de socorro?, baseado na legislação vigente.
A receita de medicamento por telefone por parte de um médico, baseado nos relatos dos sintomas, segundo Mário José, seria uma prática comum. Ele alegou que não pode informar o nome do médico que atendeu Cesar Pio, por uma questão de ?ética?. Quanto ao atendimento médico, o coordenador diz que aqueles que estão ao telefone não podem abandoná-lo, ficando ao lado do aparelho durante todo o plantão. O atendimento por parte do SAMU estaria mais difícil no momento, pois apenas uma ambulância está em funcionamento, uma vez que a outra está em manutenção.
Fonte:Jaílson Dias
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