Estiagem prolongada ameça maior projeto de piscicultura do Piauí

Estiagem prolongada ameça maior projeto de piscicultura do Piauí

O volume de água da Barragem de Bocaina já reduziu em 70%. Produção de peixe caiu pela metade em cooperativa da região

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A seca ameaça o maior projeto de piscicultura do Piauí. O volume de água da Barragem de Bocaina, na macrorregião de Picos do estado, já reduziu em 70% e a produção de peixe caiu pela metade.

O reservatório da barragem tem capacidade para 106 milhões de litros de água, mas acumula menos de 35% desse total. Com a estiagem prolongada, 40 criadores de uma cooperativa que mantém 700 tanques para a produção de tilápias, estão sendo obrigados a reduzir pela metade a quantidade de peixes por tanque.

Segundo o lavrador Raimundo José da Rocha, que mora há 20 anos na região, a barragem nunca esteve tão seca. ?É o primeiro ano que estou vendo desse jeito. O nível da água baixou demais?, diz.

O presidente da Cooperativa Aquícola Regional de Picos (Coap), Francisco José da Luz, conta que a cada dia que passa a água da barragem fica mais baixa. ?Isso comprometido a oxigenação e também eleva a temperatura, visto que nossos tanques estão na superfície da água. O problema faz com que os peixes não tenham aptidão para se alimentar, acarretando prejuízos.?

Barragem de Bocaina está com 35% da sua capacidade

A redução na produtividade da cooperativa também adiou um sonho antigo dos piscicultores. Por falta de matéria prima, ainda não há previsão para a abertura da ?Unidade de Beneficiamento de Pescado?. A indústria tem capacidade para beneficiar duas toneladas de pescado por dia, mas atualmente o que toda região produz não chega a metade.

?O piscicultor de semiárido piauiense sofre igual ao criador de gado e ao cajucultor. E mais ainda, porque para se criar peixe tem que ter água?, lamenta Luz. Com informações do G1 Piauí



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