Insatisfeitos com as medidas emergenciais no enfrentamento da seca no Piauí, agricultores e entidades da sociedade civil vão às ruas no dia 31 de outubro em Picos, para exigir do Governo medidas estruturantes.
Cerca de 1500 pessoas na caminhada (6h da manhã), haverá uma audiência pública (10h) com os gestores do Estado, no Centro Diocesano. O objetivo é encaminhar ações de enfrentamento aos efeitos da seca, já propostas na primeira audiência em São Raimundo Nonato, em agosto.
A Defesa Civil aponta que um milhão de pessoas em 184 municípios, estão em situação de emergência. ? Nas Cidades de Picos, Sto Antonio de Lisboa, Germiniano, Isaías Coelho, Conceição do Canindé, S. Francisco de Assis do Piauí, Oeiras, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes,etc. A perda da produção de alimentos é de 85%? ( Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido).
I Grito do Semiárido
No dia 03 de agosto, no município de São Raimundo Nonato, mais de mil pessoas de 22 municípios da região sul do Estado participaram da I Marcha do Grito do Semiárido. Além da insatisfação com a falta de apoio governamental após longos meses de seca, os trabalhadores e trabalhadoras rurais trouxeram no peito a marca da indignação.
?Os últimos meses têm sido de muito sacrifico. Nós cobramos que o governo tenha bons olhos e enxergue as necessidades do povo, fazendo alguma coisa em benefício da população que está sofrendo?, ressalta o agricultor de São Raimundo, Nonato Félix Neres, 80 anos.
As entidades que compõem o Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido juntamente com as famílias agricultoras têm discutido soluções para o enfrentamento da seca. Por se tratar de um fenômeno climático natural da região, há a necessidade da efetivação de ações para a convivência com a região semiárida.
?O grito serve para dizer aos poderes instituídos do município, do Estado e também do governo federal que por mais que se estejam encaminhando ações emergenciais e compensatórias do problema da seca, há de haver ainda um relacionamento, uma interface das várias políticas e serviços públicos que se façam chegar às famílias em tempo hábil, com efetividade?, pontua o coordenador da Cáritas Diocesana, Hildebrando Pires.
Fonte: riachaonet.com.br
Foto: Heronildes Negreiros
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.