Faleceu neste último domingo dia 20, a Senhora Julidete Lopes Fernandes mãe do ex-vereador e atual Secretário de Esporte Arcilon Fernandes e da ex-vereadora e ex-secretária de Educação Lucirene Fernandes.
Julidete teve complicações ainda na primeira quinzena de janeiro (dores abdominais) e foi levada à Bom Jesus onde foi socorrida pelo médico Ângelo Sena que entre outros exames solicitou um raio-x para verificar o que provocava uma obstrução intestinal. Após a verificação dos exames o médico encaminhou-a para Teresina onde fora submetida a uma cirurgia no Hospital São Marcos. O procedimento cirúrgico foi considerado ?um sucesso?, porém após o terceiro dia de cirurgia os rins começaram a não funcionar como deveria; situação que levou a necessidade de hemodiálise. Levada a UTI e em coma induzido ainda fez duas sessões de hemodiálise. Nesta fatídica manhã de domingo às 10:45h Julidete aos 87 anos não suportou e veio a óbito.
Devido a sua crença religiosa, a família não fará visita de 7º dia.
Veja abaixo mensagem da família
QUERO LHE FALAR DE UMA GRANDE MULHER
Deus, na criação, criara a terra-mãe para plantar, produzir, criar e proliferar. A expressão mãe-terra tem a amplitude de sustentáculo, pés-firmes, da qual se tira o sustento para suprir as necessidades de sobrevivência do ser humano.
Daí a importância e abrangência do termo mãe. E é por esse prisma que quero lhe falar de uma grande mulher-mãe. Que nunca tivera a oportunidade de pronunciar esse termo, pois sequer conhecera a sua, mas soubera exercer esse papel de forma ímpar, única: mãe-amor, mãe-afeto, mãe-carinho, mãe-dedicação, mãe-determinação, mãe-compreensão, mãe-orientação, mãe-educadora, mãe-professora, mãe-tecelã, mãe-costureira, mãe-agricultora, mãe-trabalhadora, mãe-dona de casa e, em especial, mãe -orante. Mãe dos seus filhos, netos e bisnetos biológicos; mãe dos filhos netos e bisnetos do coração, por ela adotados.
É dessa grande mulher, Julidete Lopes Fernandes, que quero lhe falar: Batalhara desde criança por não ter tido pai nem mãe, fora criada, ela e a irmã, por seu tio e, logo depois, por Amazília e Severiano, da família Pereira, família que ela considerara como sua. Veio, logo após, a família Fernandes, do seu esposo José Arcilon Fernandes. Construira família ela e a irmã e depois de algum tempo reencontrara, em Brasília, parte da família de sua origem, baiana.
É dessa grande mulher que seus filhos, netos e bisnetos sentirão muita falta e muita saudade, pois ela sempre edificara a sua casa e, há quatorze anos, após a morte do marido, ela também a conduzira com ternura e a estabilidade que uma família ajustada e cristã deve ter: ?A família fundamento da sociedade, convívio familiar que comporta o amor, bem insubstituível para os filhos, meio eficaz de transmitir a fé, fonte de verdadeira alegria e escola de formação de pessoas livres e responsáveis.? Trabalho este, sempre feito sob os olhos do Senhor Jesus e com as graças desse mesmo Deus.
Essa grande mulher, mãe; com força e coragem, com fé e oração e, a sabedoria dada por Deus não conduzira somente as quatro paredes do seu lar; ela conduzira toda a família, a qual se estende aos lares de todos os seus filhos e netos de Redenção (Brejinho,Planaltina(Corrente do Matão)), Ribanceirado, Teresina, Brasília, São Paulo. Ela sempre estivera presente com a orientação e ou com a oração nos momentos bons ou difíceis da vida.
Essa grande mulher, mãe, serva-de-Deus, que várias pessoas dessa cidade testemunhara que com o imenso amor de mãe e o amor que ela sempre sagrara a Deus, através do poder da oração Livrara filhos e netos do laço de morte.
É essa grande mulher, mãe, que durante sua vida inteira vivera a partilha, ?o servir?, e sempre gostara de casa cheia, do Brejinho à Redenção; de reunirem sempre na grande mesa da cozinha para comerem e falarem alto e ainda, escolhera a mais sublime data do ano_ O NATAL __ para aqueles de mais distante, que não participavam do dia-a-dia, comparecerem todos os anos, e juntos, toda a família orar, agradecer, cear e alegrar-se.
É essa grande mulher-mãe que aos 87 anos, nunca fraquejara, sempre andara, trabalhara, tivera uma memória invejável e uma mente perfeita, sempre freqüentara a igreja, mesmo não conseguindo ajoelhar-se, já que as forças do joelho não mais permitiam, deitava-se aos pés do banco para orar ao Senhor e pedir por sua família.
É dessa grande mulher, dessa guerreira, dessa heroína, dessa mãe, dessa seva- de- Deus que queremos deixar o exemplo e, agradecer a todas as pessoas de Redenção do Gurgueia, cidade comprovadamente solidária; que nesse momento de convalescença, deu força toda a família: àqueles que se encontravam em Redenção, em Teresina, em Brasília; com palavras orais, telefonemas e mensagens. Queremos agradecer também, todas as orações: individuais; de grupos de orações; de todas as igrejas; e em especial, à igreja de nossa mãe, a qual ela tanto amava e sabemos quão ela era amada e querida por seus irmãos de igreja. Queremos agradecer ainda, nesse dia de pesar, aos parentes, aos amigos próximos e aqueles que se deslocaram de longe: Bom Jesus, Corrente do Matão, Barra Verde, Ribanceirado, Paus, Curimatá, Teresina e Brasília e, de todas as localidades de Redenção do Gurgueia; pessoas essas que foram e permaneceram no velório aqui e na funerária em Teresina; que foram ao enterro; nos sentimos gratos, honrados e muito felizes de ver que a multidão que acompanhara o cortejo até o Brejinho, três quilômetros, às três horas, horário quente; nos mostrara quão grande era a amizade de nossa mãe e o quanto ela era querida por todos. E, finalmente, o nosso agradecimento àqueles que abriram o túmulo e àqueles e àquelas que tomaram de conta dos afazeres da casa, recepcionando e servindo às pessoas, cuidando para que nada faltasse. Isso, palavras não transmitem e não há dinheiro que pague, só Deus poderá recompensá-los.
Finalizando, essa grande mulher, da qual vos falo, não fraquejara nem na hora derradeira, quando Deus a chamara para junto de si. Enfrentara uma morte demorada no leito hospitalar para poder preparar os seus filhos: dando-lhes a aceitação e a conformação. Aqui nos despedimos de mamãe, de vovó, de bisavó, de ?mãe- Juldete?, de D. Júlia, de Deta, da irmã juldete, de Julidete; sofridos, todavia reconfortados, pois se há algo certo, legítimo, único é que a irmã Julidete está participando do banquete que Deus preparou para seus eleitos; ela repousa na casa do Senhor Jesus. Resumimos, pois, com as palavras do Apóstolo Paulo: ?COMBATI O BOM COMBATE, TERMINEI A CORRIDA, GUARDEI A FÉ?.
Agradecidos pelo tempo que Deus alongou a vida de nossa mãe, dando-nos 87 anos de convivência queremos encerrar este tributo dizendo a essa grande mulher-mâe que a amamos e hemos de amá-la sempre; os seus ensinamentos nortearão sempre as nossas vidas e a saudade ficará eternamente em nossos corações.
Seus filhos, netos, bisnetos, genros e noras.
Redenção do Gurguéia_PI, 23 de janeiro de 2013
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.