Os professores da rede municipal de Redenção do Gurguéia chegaram ao limite da paciência com a atual gestão. Neste dia 03 de agosto aconteceu a primeira (de uma série, segundo os professores) paralização.
Os professores reivindicam implantação do Piso Salarial de 7,64% que é uma determinação federal e que deveria ter sido implantado em janeiro, pagamento de salários atrasados de novembro e dezembro (2016) dos professores e abono de férias do administrativo.
Em 2013 (início da gestão anterior) essa paralização ocorreu em abril, naquela oportunidade o piso já havia sido implantado e a reivindicação era os meses de novembro de dezembro de 2012 que foram parcelados e negociados.
O atual Prefeito, Ângelo Sena conhecido popularmente como Dr. Macaxeira utilizou exaustivamente a “crise” na educação como base de sua campanha eleitoral, em algumas entrevistas chegou a dizer que a “Educação será a menina dos meus olhos” com valorização dos profissionais, melhores condições de trabalho para os profissionais e bem estar ao aluno. Essas promessas fizeram com que os profissionais permanecessem tranquilos até agora, considerando ainda que a Secretária de Educação – Professora Delaíce Guerra fora uma atuante militante do SINTERG – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Redenção do Gurguéia e representante do SINTE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado, exímia conhecedora dos direitos da classe.
A Secretária alega que os recursos são insuficiente devido a falta de alguns programas e prejuízo no Senso anterior.
“... a educação opera com um déficit em relação aos repasses do Governo Federal, ou seja, uma receita bem inferior à que se deveria receber e uma despesa superior à receita. Isso é perceptivelmente visível quando se confronta a folha de pagamento de pessoal com a as entradas do FUNDEB tendo que, para cumprir com o pagamento em dias, a Prefeitura vem complementando com injeção financeira”. Justifica a Secretária.
Para os professores, essa explicação não justifica porque todos são sabedores dessa situação, inclusive a própria secretária, outra questão é o excesso de contratados e comissionados como denuncia a Professora Carolina Folha de Miranda “Em tempo de crise a ordem é cortar gastos e o que vemos é a gastança, houve um considerável aumento de contratações, planejamento de festas e por aí vai . Corte os gastos e ai apresente os números que nós estaremos dispostos a negociar”.
Os professores afirmam que irão continuar com as paralizações onde em cada uma ficará definida a data da próxima. Hoje ficou definida que a próxima será em 23/08/17 e não descartam a possiblidade de greve por tempo indeterminado, caso as reinvindicações não forem atendidas.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.