Tire dúvidas sobre o vírus HPV e a campanha de vacinação

Tire dúvidas sobre o vírus HPV e a campanha de vacinação

Vacina HPV | Divulgação

O Ministério da Saúde deu início a uma campanha nacional de vacinação contra o HPV na segunda-feira, dia 10 de março. Serão imunizadas meninas de 11 a 13 anos. Assim como no restante do país, o município de União também entrou com força total nessa campanha, vacinando jovens da faixa etária exigida nas escolas do município.

Para isso, as equipes analisaram e elaboraram os cronogramas e as estratégias para União conseguir alcançar as suas metas na campanha. Isso também é possível, graças ao trabalho do Programa Saúde na Escola - PSE, através da parceria Educação e Saúde Municipal. Tire dúvidas sobre o vírus e a campanha de vacinação no texto abaixo:

O VÍRUS

O que significa HPV?

É a sigla em inglês para Papilomavírus Humano, vírus responsável pela doença sexualmente transmitida mais comum no mundo, causando tumores benignos e malignos. Existem mais de 100 tipos de HPV, sendo que 16 têm potencial para causar câncer.

Qual a incidência?

Estima-se que mais de 70% das mulheres entrarão em contato com o HPV ao longo da vida.

Quem tem HPV terá câncer?

A maioria não. A infecção pelo HPV é muito frequente, mas costuma ser transitória. Entre 60% e 70% dos casos das pessoas contaminadas eliminam o vírus espontaneamente.

A VACINA

A vacina protege contra todos os tipos de HPV?

Não. Protege contra quatro tipos, dois capazes de provocar câncer e dois relacionados ao aparecimento de verrugas. Os tipos 16 e 18, cobertos pela vacina, estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 11 a 13 anos para a vacinação?

O ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. Nas meninas não expostas aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, segundo o Ministério da Saúde, a vacina tem eficácia de 98,8%.

Como será a implantação da vacina?

Neste ano, a população alvo da vacinação contra HPV serão adolescentes do sexo feminino na faixa de 11 a 13 anos. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes na faixa etária de nove a 11 anos e, a partir de 2016, as de nove anos de idade. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.

Como a vacina é administrada?

Por injeção intramuscular ? injeção de apenas 0,5 mL em cada dose.

Quem faz a vacina pode deixar de fazer o Papanicolau?

Não. A vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer de colo do útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. É importante manter a realização do exame preventivo (Papanicolau), pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos de HPV que provocam câncer, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.

Mesmo vacinada, será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?

Sim, pois é imprescindível manter a prevenção contra outras doenças transmitidas por via sexual, como HIV, sífilis, hepatite B, etc.

A camisinha é suficiente para proteger contra o HPV?

Nem sempre, porque o HPV pode estar alojado em regiões em que a camisinha não alcança, como o saco escrotal e a região anal.

A vacina contra HPV pode ser administrada ao mesmo tempo com outra vacina?

A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.

NÚMEROS

5,2 milhões

é o número da população feminina de 11 a 13 anos estimado pelo Ministério da Saúde como público-alvo da campanha de vacinação no Brasil

258 mil

é o número de meninas alvo da vacina no Rio Grande do Sul

80%

é a meta de vacinação esperada para 2014

é o lugar ocupado pelo câncer de colo de útero entre a população feminina do país, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Fontes: Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças Associadas ao Papilomavírus, Secretaria Estadual da Saúde, professor de medicina da UFRGS Paulo Naud.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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