Quase R$1 bilhão. Esse é o valor que o Flamengo terá de faturamento em 2021, o maior de sua história. Mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia, o rubro-negro fechará o ano com uma arrecadação que já gira em torno de R$ 980 milhões e, se chegar às finais da Copa do Brasil e da Libertadores, poderá alcançar a marca de R$ 1 bilhão.
Mesmo assim, se fechar em R$980 milhões, o clube carioca já terá um faturamento 59% acima do ano passado e R$50 milhões a mais do que em 2019, considerado pelo Flamengo o ano de maior faturamento de sua história.
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Mesmo assim, o clube ainda não está satisfeito com os resultados. Em entrevista concedida ao Globo Esporte, Rodrigo Tostes, vice-presidente de Finanças do Flamengo, falou que o resultado é digno de comemoração, mas ainda há projetos em vista para aumentar o faturamento.
“A receita será maior do que em 2019, ano em que ganhamos tudo. E não batemos no teto. O esforço que fizemos na pandemia mostra o potencial que o clube tem. Como fizemos? Com gestão. A pandemia desencadeou um enorme trabalho de equipe, controle de custos e aumento de receita. É um resultado digno de se comemorar, mas temos que seguir alertas trabalhando duro. Temos projetos para aumentar significativamente, não estamos satisfeitos”, afirmou Tostes ao GE.
Com as consequências da pandemia, sem receita de bilheteria e jogos em estádio, além da queda do sócio torcedor, a gestão do Mengo teve que apostar em outras ações para compensar o dinheiro que deixou de arrecadar. Contrato de milhões com o novo patrocinador, Mercado Livre, firmado em abril; recebimento das cotas de TV do Brasileiro; uma rígida gestão; trabalho em conjunto entre as pastas; as vendas dos jogadores Gerson para o Olympique de Marseille e Rodrigo Muniz ao Fulham; plataforma de streaming; BRB; maior engajamento nas redes sociais. São muitas as ações (e inovações) que o Flamengo apostou para subir seu faturamento. “Em um ano de pandemia, sem bilheteria e com queda de sócio-torcedor, mantivemos performance esportiva e conseguimos aumentar receita, diminuímos dívida e aumentamos investimento. Como foi feito? Com trabalho em conjunto. Jurídico, futebol, financeiro, marketing... O processo de gestão de custos. Seguramos para não gastar o que não era essencial. No futebol, tivemos de venda bruta (sem descontar a comissão de empresários, por exemplo) um valor de R$100 milhões a mais do que o orçamento previa”, contou Tostes ao GE.
Pensando fora da caixa: FlaTV+ e BRB
Hoje, com estrutura de uma empresa de entretenimento e com foco em fidelizar cada vez mais seus torcedores, o Flamengo vem pensando fora da caixa para alcançar um faturamento invejável. Uma plataforma de streaming e um banco digital fazem parte dessas ações.
O clube, que já conta com a FlaTV, deve lançar, em outubro, a FlaTV+, um serviço de streaming com mais programas, entrevistas e treinos, por exemplo. “Devemos lançar ainda em outubro a FlaTV+, uma espécie de TV por assinatura para quem quer saber ainda mais do Flamengo. Vai ficar entre R$15 e R$20 e o sócio vai pagar a metade. Com o tempo, o projeto vai crescer” afirmou o vice-presidente de Comunicação de Marketing do Flamengo, Gustavo Oliveira, também à entrevista do Globo Esporte.
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Além disso, o Nação BRB FLA, banco digital fruto de uma parceria entre o Mengo e o Banco BRB, atingiu seus dois milhões de clientes após apenas 13 meses do seu início da operação, mostrando o tamanho e o engajamento da torcida rubro-negra.
Será que o Flamengo conquista tudo esse ano?
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.