A 18ª Zona Eleitoral em Valença realizou nesta quinta-feira (1), audiência de instrução eleitoral referente à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) impetrada pela Coligação “Nossa união é com o povo” (Liduina Alencar), que apontaria irregularidades cometidas pelas coligações Compromisso com Valença 1 e 2 e Um Novo Tempo que deram sustentação a candidatura ao Executivo dos vereadores Ceiça Dias e Bené da Caixa.
A alegação é que as coligações Compromisso com Valença tiveram candidaturas femininas fictícias, ou seja, candidatas que colocaram seu nome apenas para alcançar os percentuais mínimos exigidos pela lei no que diz respeito à participação feminina, que é de 30% por coligação.
Para o advogado das coligações Dr. Germano Silva a ação não tem sustentação uma vez que não existe fundamentação. “Entendemos que diante do que consta nos autos não há qualquer elemento mínimo que posa dá cabimento a essa ação” disse.
Já os advogados Dr. Wallyson Soares e Dr. Francivando Rosa afirmam que após a divulgação dos resultados ficou clara a irregularidade, vista que teve candidatos com zero voto e outros com apenas um voto.
Das testemunhas arroladas na instrução, apenas o jornalista Ronaldo Sobreira foi ouvido na audiência. O objetivo era saber se esses candidatos tiveram direito a inserções na propaganda eleitoral na emissora local. Fato que não ficou comprovado.
Wallyson Soares disse ao Portalv1 que apesar da ação focar os vereadores, os dois candidatos majoritários (Ceiça Dias e Bené da Caixa) foram atingidos, uma vez que os mesmos foram beneficiados pelas coligações. “A chapa majoritária foi diretamente beneficiada com essa fraude eleitoral” afirmou.
A audiência presidida pela juíza Drª Keyla Procópio contou ainda com a participação da promotora Debora Geane e da advogada Rolândia Barros e servidores do cartório eleitoral.
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