Subiu para três o número de pessoas que morreram após consumirem arroz em Parnaíba, no litoral do Piauí, no dia 1º de janeiro deste ano. Os laudos da Polícia Científica do Piauí identificaram a presença de terbufós, uma substância tóxica usada em pesticidas, no organismo das vítimas.
QUEM É A VÍTIMA
A terceira vítima é Lauane da Silva, de 3 anos, que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Teresina. A assessoria do hospital informou ao Meionews.com que a menina faleceu por volta das 2h25 desta segunda-feira (06).
A criança é filha de Francisca Maria da Silva, que segue internada em um hospital em Parnaíba, irmã de Igno Davi, que não resistiu e morreu na quinta-feira (2) também por envenenamento. O tio da vítima, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, morreu momentos após consumir o alimento contaminado.
No ano passado, Francisca perdeu outros dois filhos, Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram após consumirem cajus envenenados. Os frutos, segundo a Polícia Civil do Piauí, teriam sido entregues por uma vizinha, que está presa.
INVESTIGAÇÃO
Dois laudos divulgados pela Polícia Civil do Piauí revelam que uma família de Parnaíba foi envenenada com terbufós, um inseticida conhecido como chumbinho, durante um almoço realizado na última quarta-feira (1º).
O almoço de 1º de janeiro foi preparado com sobras da ceia de Réveillon, uma mistura de arroz, feijão tropeiro, baião e peixes doados por um casal da cidade. A polícia descartou o peixe como causa do envenenamento após análises laboratoriais.
Os laudos da Polícia Científica do Piauí identificaram a presença de terbufós, uma substância tóxica usada em pesticidas, no organismo das vítimas. Esse composto, encontrado no chumbinho, é proibido no Brasil. Um caso semelhante ocorreu em agosto de 2023, quando dois filhos de Francisca Maria, Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, morreram após consumirem cajus envenenados.
CASO É TRATADO COMO HOMICÍDIO
A investigação concluiu que o arroz foi contaminado intencionalmente com terbufós. A polícia trata o caso como homicídio e descarta causas naturais ou acidentais. A possibilidade de envolvimento de alguém da própria família está sendo analisada, mas há suspeitas de que o veneno tenha sido colocado na comida durante a madrugada por terceiros.
QUEM SEGUE INTERNADO
Seguem internados Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e sua filha Maria Gabriele, que não teve a idade divulgada.